Doze municípios mineiros ganharão voos diretos de BH a partir do próximo mês

Reprodução/Agência Minas

Após amargar praticamente um ano de seguidas quedas na procura por passagem, o transporte aéreo em Minas Gerais pode voltar a ganhar fôlego. Ao menos é o que espera o Governo do Estado, que vai disponibilizar, a partir da segunda quinzena de agosto, 60 voos regionais — com tíquetes que variam entre R$ 160 e R$ 550 — interligando 12 municípios mineiros à capital.

A partir do próximo mês, portanto, o mineiro poderá usufruir de viagens diretas entre a capital e os municípios de Curvelo, Diamantina e São João del-Rei (região Central); Divinópolis (Centro-Oeste); Juiz de Fora, Muriaé, Viçosa e Ubá (Zona da Mata); Teófilo Otoni (Vale do Mucuri); e Varginha (Sul).

Todos os voos sairão do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o aeroporto da Pampulha, e serão operados com aeronaves monomotor turboélice com capacidade de nove passageiros. A companhia Two Flex foi a vencedora do processo licitatório homologado em R$ 20,8 milhões. Os novos voos fazem parte do Projeto de Integração Regional de Minas Gerais – Modal Aéreo (Pirma) do Governo de Minas.

As novas viagens regionais fazem parte de um programa de integração regional da administração estadual. Em nota encaminhada ao Bhaz, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), que está à frente do projeto, explicou que os principais objetivo da inciativa “é estimular os negócios, fomentar o turismo e dinamizar a economia por meio do transporte aéreo”.

Ainda de acordo com a empresa pública, a arrecadação prevista pelo Governo de Minas com a venda de passagens é da ordem de R$ 1,5 milhão ao ano.

O programa também conta com parceria da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas. Para o secretário Murilo Valadares, a oferta do transporte aéreo em Minas Gerais terá impacto direto na participação do Estado no Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de fomentar a economia mineira interligando as regiões do Estado.

“A alavancagem de investimentos em infraestrutura é fundamental para que o Estado de Minas Gerais que, há mais de uma década permanece estagnado em sua participação na composição do PIB, volte a crescer, fixando empresas e mão-de-obra qualificada. Isso passa, dentre outras medidas necessárias, pela reestruturação da rede de aviação regional, com expansão da oferta de transporte”.

De acordo com a Codemig, as rotas e frequências dos voos foram definidas preferencialmente para cidades não atendidas pela aviação regular, tomando-se como referência a demanda de passageiros em função do preço do voucher. Na primeira fase do programa, o Governo de Minas espera disponibilizar 60 voos semanais ligando o interior à capital.

Crise

De acordo com dados recentemente divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), a demanda por transporte aéreo no país registrou queda de 5,9% em junho deste ano frente ao mesmo período de 2015.

Ainda segundo a associação, a queda representa o pior desempenho para o mês de junho desde 2012, além de contribuir para uma sequência de retração do setor em 11 meses consecutivos.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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