E a polêmica está de volta! É branco e dourado? Ou azul e preto? Mas, desta vez, a peça de vestuário que está no centro da discussão é um par de Havaianas. Uma foto que mostra chinelos viralizou no Facebook nos últimos dias relembrando a imagem de um vestido que causou discórdia no ano passado.
Na época, uma jovem escocesa divulgou no Twitter um registro que dividiu a opinião dos integrantes da banda na qual tocava. Eles tinham se apresentado em um casamento e a mãe da noiva usou o tal vestido polêmico. Enquanto alguns de seus amigos viam as cores branco e dourado na estampa, outros enxergavam azul e preto. Pronto! A discórdia viralizou nas redes sociais.
Com os chinelos, a dinâmica é a mesma. Basta conferir os comentários feitos na postagem da estudante Vanessa Marques no Facebook. Até a manhã deste sábado (19), a foto das Havaianas já acumulava mais de 12 mil compartilhamentos.
E quais são as verdadeiras cores dos chinelos?
Consultando o site oficial da Havaianas, descobrimos que os chinelos têm tonalidades de azul escuro (quase preto) e azul claro. Inclusive, o nome do produto é “Top Conceitos – Azul”, o que não deixa dúvidas sobre a cor predominante.
É bruxaria?
A confusão é causada pela forma como os olhos e o cérebro evoluíram para ver cores na luz solar. Na época da polêmica do vestido, o site de tecnologia Wired.com, divulgou um artigo explicando que os seres humanos se adequaram para enxergar o mundo levando em conta o dia e a noite, lugares abertos e fechados.
Assim, os objetos têm um certo tom vermelho rosado de madrugada, mais azul-branco ao meio-dia, e voltam a ser mais avermelhadas no pôr do sol. O cérebro tenta descontar o efeito da luz do sol (ou outra fonte) para chegar a uma cor mais condizente com a realidade. Daí vem a confusão!
Algumas pessoas atribuem uma cor azulada à fonte de luz nas fotos do vestido e dos chinelos, ignorando que as peças têm de fato essa cor. Elas veem branco e dourado ou algo similar. A forma como as imagens foram registradas, o ambiente, entre outros fatores, influenciam nas sombras e na saturação levadas em conta na leitura feita pelo cérebro.
O fenômeno existe há milhares de anos, mas a composição nas fotos do vestido e do chinelo ajuda a tornar a diferença na forma como vemos as cores mais clara.