Laudos confirmam as primeiras sete mortes oficiais por febre amarela em Minas

Estado tem cobertura vacinal de 83,3% contra febre amarela

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou nesta quarta-feira (18) as primeiras mortes oficialmente constatadas por infecção de febre amarela. Laudos encaminhados pelo Instituto Evandro Chagas — órgão vinculado ao Ministério da Saúde — ao Governo de Minas atestam que pelo menos sete das 22 mortes que estão sendo investigadas como prováveis de febre amarela decorreram da doença.

As regiões onde as vítimas contraíram a febre amarela ainda não foram divulgadas pela Secretaria de Estado de Saúde. Segundo informou a assessoria da pasta na tarde de hoje, estava em andamento uma videoconferência entre membros do Governo de Minas, do Instituto Evandro Chagas e o Ministério da Saúde para o “alinhamento de informações entre os órgãos”.

Conforme boletim divulgado pela pasta nesta quarta-feira, o Estado registrou 206 casos suspeitos de febre amarela. Desse total, 53 foram notificados como casos prováveis, os quais exames laboratoriais preliminares apontaram infecção por febre amarela, mas que a confirmação final decorre de outras etapas de investigação epidemiológica.

Ainda conforme os últimos dados, foram notificados 53 óbitos por suspeita de febre amarela no Estado. Desse total, 22 foram apresentados como sendo “óbitos prováveis de febre amarela”. Oito dessas mortes ocorreram em Ladainha, no Vale do Jequitinhonha e Mucuri; outras quatro em Piedade de Caratinga e duas em Ipanema, no Vale do Rio Doce.

O restante das mortes foram distribuídas em Malacacheta (2), Poté (1) e Setubinha (1), no Vale do Jequitinhonha e Mucuri; e Imbé de Minas (1), Ubaporanga (1), São Sebastião do Maranhão (1) e Itambacuri (1) no Vale do Rio Doce.

Com sede no Pará, o Instituto Evandro Chagas é referência na na prestação de serviços de vigilância em saúde pública com ênfase em investigação de surtos e epidemias.

Na capital

Subiu para cinco o número de mortes de pacientes com suspeita de febre amarela que estavam internados no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. Segundo informações da Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), uma morte foi registrada na terça-feira (17) e outra nesta quarta-feira.

Ainda conforme a administração, 18 pacientes seguem internados no Hospital Eduardo de Menezes por suspeita de febre amarela. Para receber maior número de pacientes, o Governo de Minas anunciou a abertura de 50 leitos — sendo 32 de enfermaria e 18 de CTI (Centro de Terapia Intensiva).

 

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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