A juíza Flávia de Vasconcellos Lanari, do Juizado Especial Cível e da Fazenda do TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), decidiu suspender neste sábado (21) a realização do evento “Axé Minas com Bahia”, que tinha entre as principais atrações o show da baiana Cláudia Leitte. Nova data para realização do evento foi anunciada pela organização.
O evento seria realizado no espaço Arena BH, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, e estava previsto para iniciar às 14h — enquanto que o show principal teria início por volta das 20h. No início da noite, entretanto, organizadores do evento comunicaram o público da decisão judicial.
Segundo informou o TJMG, a decisão decorreu da falta de alvará concedido pelo Corpo de Bombeiros Militar — órgão responsável por atestar as condições de segurança do local. No despacho, a juíza de plantão, aliás, faz referência ao incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul — tragédia que deixou 242 pessoas mortas e outras 680 feridas.
“Não posso, como magistrada e cidadã, substituir os rígidos critérios de avaliação do Corpo de Bombeiros e assumir responsabilidade pelo projeto contra incêndio e pânico e autorizar que o engenheiro do projeto assuma essa responsabilidade, até porque é o trabalho dele que deve ser avaliado pelo CBMG”, afirmou a juíza.
Nova data
Em nota, a produtora do evento lamentou os transtornos causados ao público e informou sobre a nova data para realização do evento com a cantora Cláudia Leitte, confirmada — 4 de fevereiro próximo.
A cantora baiana também recorreu às redes sociais para confortar o público: “Mesmo com tudo pronto e toda minha equipe e banda no local, sei que a integridade dos meus fãs é fundamental. Estou triste, mas como eu nunca desanimo, tenho certeza que logo matarei a essa saudade dos meus mineiros”.
Segundo o Bhaz apurou, a princípio o evento seria realizado na Serraria Souza Pinto, na região Central de Belo Horizonte. A poucos dias para a data de realização, a produtora do evento alterou o local para o Arena BH. Dessa forma, os bombeiros alegaram que não tiveram prazo para realizar a inspeção.
