A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de aplicar golpes em pelo menos 50 agências bancárias de Belo Horizonte. Conforme o inquérito policial, os criminosos furtavam cartões retidos em terminais eletrônicos — prática conhecida como “chupa-cabra” — e induziam clientes a informar dados pessoais e senhas.
Eles chegaram a embolsar R$ 100 mil em apenas cinco meses, segundo relatam os investigadores. O inquérito policial com os detalhes da investigação foi concluído nesta quarta-feira (25), no entanto, o homem e a mulher suspeitos de aplicar os golpes estão presos desde novembro de 2016.
Policiais que participaram da operação recomendam que usuários prefiram terminais que dispõem de leitura biométrica para evitar golpes dessa natureza, que têm como vítimas, preferencialmente, pessoas idosas.
Chupa-cabra
Os investigadores explicam que o golpe “chupa-cabra” era praticado em quatro etapas: primeiramente, os criminosos instalavam um dispositivo nos caixas eletrônicos que travavam o cartão. Eles também fixavam etiquetas adesivas contendo os números telefônicos dos golpistas, para que, posteriormente, pudessem ser acionados e se passarem por falsos atendentes.
Ao perceber que o cliente tentava remover o cartão retido no terminal eletrônico, um dos criminosos fazia a abordagem. Ele sugeria que a vítima ligasse no número indicado nos etiquetas afixadas ao caixa eletrônico para solicitar o bloqueio do cartão. Nesse momento, do outro lado da linha, um falso atendente exigia que fossem informados os dados pessoais do solicitante, o número do cartão e a senha.
No momento da ligação, um dos criminosos removia a peça do caixa e furtava o cartão da vítima. Posteriormente, os criminosos acessariam a conta bancária e sacariam a quantia que estava depositada.
Foram cinco meses de investigação para que os policiais pudessem concluir toda a dinâmica do crime. Com os suspeitos, foram apreendidos diversos cartões de crédito e de débito, dispositivos utilizados na retenção dos cartões e etiquetas constando número falsos de atendimento de agências do Banco do Brasil.
