Corrupção expulsa 38 servidores do Governo de Minas em dois anos

Leo Drumond/Governo de Minas

Atos de corrupção levaram o Governo de Minas a expulsar 38 servidores públicos desde 2015, ano em que o governador Fernando Pimentel (PT) assumiu a administração estadual. Dados divulgados nessa quarta-feira (1°) pela CGE (Controladoria-Geral do Estado), mostram que o número de rescisões nessas circunstâncias nos últimos dois anos é maior do que o registrado ao longo da administração passada, quando 32 funcionários públicos foram desligados no intervalo de quatro anos (confira a íntegra do levantamento).

Do total de expulsões, oito ocorreram em 2016. Segundo a CGE, a maioria desses casos decorreu de investigações sobre pedido de propinas e falsidade ideológica dentro do governo, como o uso de diploma falso, por exemplo. Se considerado apenas o primeiro ano da atual administração, ao longo de 2015, foram ordenadas as exonerações de 30 servidores públicos envolvidos em casos de corrupção.

Questionada pelo Bhaz, a CGE explicou que o número significativo de demissões nesse período foi resultado de uma “grande força-tarefa para resolver processos iniciados na gestão passada, os quais estavam parados”. Ainda conforme alega o órgão, processos administrativos contra servidores públicos levam, em média, três anos para serem elucidados, o que pode, inclusive, se estender ao longo do período de transição de governos.

A CGE informou, por fim, que os servidores enquadrados pelo órgão, além de ficarem impedidos de retornar ao cargo público, não poderão assumir cargos comissionados ao longo dos próximos cinco anos contados a partir da expulsão.

O levantamento da controladoria revela ainda que a administração estadual exonerou 140 servidores flagrados em atos de corrupção desde 2007 — ano de início da série histórica.

Dentro desse período, a segunda gestão de Aécio Neves (PSDB) à frente do Governo de Minas, entre 2008 e 2011, aparece com o maior número de expulsões nessas circunstâncias até então — 70 casos.

Outras expulsões

Acúmulo de cargos, abandono do posto de trabalho e avaliação de desempenho insatisfatória foram os principais motivos para a expulsão de 117 servidores do Governo de Minas em 2016.

Na dianteira dos casos, a Secretaria de Estado de Educação aparece com o maior número de desligamentos – 44 expulsões. Desse total, 65% é de professores da rede de educação básica.

Na sequência, órgãos da segurança pública do Estado, como a Polícia Militar e a Polícia Civil aparecem com o maior número de desligamentos — 36 e 21 rescisões, respectivamente.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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