A Polícia Civil prendeu nessa segunda-feira (13) o suspeito de assassinar o gerente de uma unidade da rede Supermercados BH, na Zona Leste da capital. O crime ocorreu em 2011, quando a vítima de 46 anos foi surpreendida em um ponto de ônibus. Para os investigadores, a execução teria sido movida por “queima de arquivo”, visto que o gerente teria presenciado um assalto ao estabelecimento dias antes.
Segundo alegou a Polícia Civil, as investigações duraram seis anos deviso à “complexidade” do caso. Investigações, inclusive, chegaram a considerar vingança como motivação para o crime, uma vez que a vítima teria descoberto um esquema de desvio de mercadorias na empresa. À época do assassinato, a Polícia Militar havia registrado que, dias antes, um funcionário havia sido demitido e, antes de ir embora, teria dito que “isso não ficaria assim”.
O crime
Ao final do expediente, o gerente da unidade do Supermercados BH, localizada no bairro Horto, aguardava no ponto de ônibus a condução que o levaria para casa. Nesse momento, um homem e uma mulher, que estavam em uma moto, pararam de frente ao alvo e dispararam diversos tiros, conforme relataram testemunhas. O comerciante, gravemente ferido, foi ao chão, enquanto os criminosos disparavam em fuga. As informações constam em boletim de ocorrência.
Uma das testemunhas, contudo, abordou um policial militar que estava em uma lanchonete nas imediações e pediu socorro. Prontamente, o militar se deslocou ao local, onde realizou os primeiros socorros e acionou a corporação. Quando, de repente, os criminosos voltaram. Eles realizaram novos disparos e o policial militar reagiu. Os criminosos, mais uma vez, conseguiram fugir.
Na sequência, funcionários do Supermercados BH foram até o local do crime e reconheceram a vítima como sendo o gerente da unidade. Ainda com sinais vitais, o homem ferido foi conduzido ao Hospital João XXIII, mas, horas mais tarde, não resistiu aos ferimentos.
O suspeito detido pelos policiais tem 28 anos. A cúmplice, que também estava na moto, ainda não foi localizada. Se condenado, o criminoso pode pegar de seis a 20 anos de prisão em regime fechado.
