Governo de Minas garante que não haverá despejo na Ocupação Izidora

Reprodução/Resiste Izidora

O Governo de Minas garantiu, por meio de pronunciamento do secretário Helvécio Magalhães (Planejamento), nessa sexta-feira (25), que não haverá desapropriação, ao menos com uso de força, das famílias assentadas na Ocupação Izidora, na Zona Norte de Belo Horizonte.

Segundo o membro do Executivo, mesmo com ordem judicial para reintegração de posse, o Estado não recorrerá ao uso de forças policiais. O pronunciamento ocorreu durante reunião com líderes de movimentos sociais.

“É certo é que ninguém será despejado. Estamos dialogando com as lideranças. A preocupação do governo é que, mesmo tendo ordem de despejo, não vamos fazer à força”, declarou o secretário de Estado.

Nesse contexto, foi apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte e administração estadual a proposta de acordo que prevê a regularização das moradias, além de exigir contrapartidas por parte dos movimentos populares. Ainda não houve sinalização por parte das comunidades.

Secretário Helvécio Magalhães reúne com movimentos sociais na sede do governo (Divulgação/Seplag)

Segundo informou a assessoria do Governo de Minas, o chamado Termo de Acordo Extrajudicial prevê o cadastramento das cerca de 8 mil famílias que compõem as ocupações Rosa Leão, Esperança e Vitória e etapas de urbanização e regularização de parte da área ocupada.

Em contrapartida, líderes comunitários deverão acompanhar o cadastro das famílias e garantir que não haverá aumento do número de moradores em nenhuma das ocupações. O acordo prevê ainda delimitação de uma área a ser desocupada de forma pacífica. Durante a apresentação do acordo, ficou determinado o prazo de 30 dias para um posicionamento das famílias em relação ao termo.

Reintegração de posse

Em setembro último, o TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) decidiu pelo fim do mandado de segurança que mantinha as família no assentamento. A base do recurso judicial apresentado pelas famílias à Justiça era que não estaria sendo cumpridas diversas atribuições do Poder Público, como a definição do local para onde os moradores seriam realocados.

Desde então, com a decisão contrária aos movimentos sociais, as famílias assentadas na Ocupação Izidora vêm correndo o risco de serem despejadas a qualquer momento.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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