Pimentel quer vender Cidade Administrativa criada por Aécio e alvo de denúncia na Lava Jato

Divulgação/Agência Brasil

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), quer vender a Cidade Administrativa. Localizado na região de Venda Nova, o complexo da administração do Estado é alvo de um estudo que pode virar um projeto de lei e ser encaminhado à Assembleia Legislativa mineira (ALMG) nas próximas semanas. Os prédios foram construídos durante a gestão do senador Aécio Neves (PSDB) como governador, entre 2003 e 2010. Denunciado por um dos delatores da Lava Jato, ele teria criado um esquema de fraude em licitações da obra para favorecer empreiteiras.

A informação de Pimentel estaria disposto a ofertar a Cidade Administrativa a um fundo de pensão surgiu na última semana em uma entrevista para o jornal Valor Econômico. À publicação, ele disse que o dinheiro captado com a comercialização do complexo poderia servir para reduzir o déficit atual do governo de Minas. A estrutura custou R$ 1,3 bilhão e contou com trabalhos das empresas Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Via, Barbosa Mello, além da Camargo Correa, da Mendes Júnior e da Santa Bárbara Engenharia.

“Podemos vendê-la para um fundo de pensão, por exemplo. Continuaríamos usando, pagando aluguel. Vale, por baixo, R$ 2 bilhões. Não há sentido em ter um imobilizado daquele tamanho que nos dá despesa enorme para manter e nós com o déficit de caixa do tamanho que nós temos hoje”, disse o governador durante a entrevista.

Outros detalhes sobre a possível venda da Cidade Administrativa não foram divulgados, mas, segundo Pimentel, o governo pode manter a estrutura que possui nos prédios e pagar aluguel para utilizá-los. Em 2016, o governador decretou estado de calamidade financeira no Estado. Isso porque o Executivo ultrapassou os limites de gastos com pessoal em 0,29% no ano passado.

Um corte de R$ 1 bilhão foi realizado no orçamento em janeiro de 2017, em uma tentativa de reduzir o déficit estimado em R$ 8 bilhões, e salários de servidores públicos passaram a ser parcelados em três vezes, além de outra medidas.

Aécio Neves não comentou a iniciativa de Pimentel.

Lava Jato

Em delação premiada à Lava Jato, o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura disse ter se reunido com Aécio Neves em uma reunião para definir um esquema de fraude em licitações das obras da Cidade Administrativa Segundo Benedicto Júnior, o objetivo era favorecer grandes empreiteiras. As informações são da Folha de S. Paulo.

 

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