BH registra segunda morte confirmada de macaco por febre amarela

Imagem ilustrativa – Reprodução/EBC

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nessa segunda-feira (6) a segunda morte de macaco por febre amarela em Belo Horizonte. O corpo do animal foi encontrado na Zona Oeste da capital, entretanto, a localização exata não foi divulgada. Medidas preventivas foram intensificadas na área, segundo informou a pasta.

Esse foi o segundo caso confirmado envolvendo primatas na capital. Em fevereiro, um macaco foi encontrado morto na região de Venda Nova e, posteriormente, exames indicaram febre amarela. O órgão da administração municipal esclarece, no entanto, que os animais não são vetores da doença, mas, sim, hospedeiros, assim como os humanos. No perímetro urbano, a doença tem como principal transmissor o mosquito Aedes aegypti. 

Ainda segundo a Secretaria Municipal de Saúde, cerca de 4,8 mil pessoas foram vacinadas em Belo Horizonte desde o início do surto da doença em Minas Gerais. A prefeitura, aliás, precisou fazer um pente-fino em casas localizadas na Zona Oeste da cidade. Foram realizadas inspeções na busca da eliminação de focos e criadouros do transmissor e aplicação de inseticida.

‘Sentinelas’

O primatólogo e professor de zoologia da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), Sérgio Lucena, explica que a morte de primatas em decorrência da febre amarela pode representar indícios para o avanço da doença em áreas urbanas.

Em entrevista à Agência Brasil, o especialista afirma que, atualmente, o vírus está estabelecido em regiões silvestres, mas que pode propagar rapidamente — atingindo macacos e humanos — para o perímetro urbano. “São sentinelas. Se o vírus começa a se propagar em determinada área, a morte dos macacos nos enviará um alerta”, esclarece.

Mortes passam de 100

A Secretaria de Estado de Saúde conta 101 pessoas mortas por febre amarela em Minas Gerias. Outros 83 óbitos ainda estão sendo investigados. Na região metropolitana de Belo Horizonte, uma morte por febre amarela foi confirmada no final do mês passado, em Esmeraldas — a 60 km da capital.

Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela pasta, atualmente não há mortes sendo investigadas na Grande BH.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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