Você sabia que 16 milhões de frangos são abatidos todos os dias no Brasil?

(Reprodução/Jonas Oliveira/ANPr)

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira dados sobre a pecuária brasileira em 2016. O ano passado ficou marcado por três recordes históricos: produção de ovos de galinha, abates de frangos e suínos. Por outro lado, o abate de bovino e a produção de leite recuaram em relação ao ano anterior.

O que chamou a atenção na pesquisa – obviamente, para quem não é da área ou está habituado – são os números. Você tinha ideia que o país abatia 16 milhões de frangos todos os dias? Em 2016, o total de abates desse tipo de ave foi 5,86 bilhões, o que representou um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior.

Considerando apenas Minas Gerais, foram abatidos 464 milhões de frangos no ano passado – uma média de 1,2 milhão todos os dias. A cada hora, quase 53 mil aves desse tipo são abatidas em terras mineiras.

E o número de ovos? Qual seria seu palpite?

No Brasil, foram produzidos 3,1 bilhões de dúzias no ano passado. Isso quer dizer que, diariamente, 101 milhões de ovos (apenas um, a unidade) foram produzidos. Considerando apenas o Estado mineiro, foram 302 milhões de dúzias de ovos coletados em 2016.

Quanto aos suínos, outro recorde do ano passado, foram registrados no ano passado 42 milhões de abates. Uma média diária de 115 mil. Por outro lado, o abate de bovinos e a produção de leite anotaram queda em 2016.

Bovinos

Em 2016 foram abatidas 29,67 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Houve queda de 3,2% em relação a 2015, representando menos 982,83 mil cabeças de bovinos abatidas. Essa foi a terceira queda anual consecutiva na série histórica do abate de bovinos.

Houve reduções no abate em 20 das 27 unidades da federação. As quedas mais intensas foram em Minas Gerais (-370,94 mil cabeças), São Paulo (-260,16 mil cabeças), Goiás (-239,48 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-116,46 mil cabeças) e Bahia (-78,4 mil cabeças). Os maiores aumentos foram em Rondônia (+250,49 mil cabeças), Pará (+83,64 mil cabeças), Rio Grande do Sul (+76,04 mil cabeças) e Mato Grosso (+36,65 mil cabeças), que continuou liderando o ranking das UFs do abate de bovinos em 2016, com 15,4% da participação nacional, seguido por seus dois vizinhos do Centro-Oeste: Mato Grosso do Sul (11,1%) e Goiás (9,5%).

Leite

Em 2016, os estabelecimentos de laticínios sob algum tipo de inspeção sanitária captaram 23,17 bilhões de litros. Houve queda de 3,7% em relação ao ano anterior, o que representou menos 893,23 milhões de litros de leite adquiridos. Essa foi a 2ª queda consecutiva na serie histórica anual da aquisição de leite.

Houve reduções em 17 das 26 Unidades da Federação participantes da Pesquisa. As quedas mais intensas foram em Minas Gerais (-335,94 milhões de litros), Rio Grande do Sul (-238,7 milhões de litros), Goiás (-136,12 milhões de litros) e Paraná (-94,23 milhões de litros).

Os aumentos mais expressivos ocorreram em Santa Catarina (+89,77 milhões de litros), Rio de Janeiro (+18,7 milhões de litros), Pará (+15,95 milhões de litros) e Tocantins (+15,6 milhões de litros). Minas Gerais manteve ampla liderança do ranking das UFs, com 26,4% de participação nacional, com Rio Grande do Sul (14,0%) e Paraná (11,8%) a seguir.

Com IBGE

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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