Um “bip-bip” ouvido nos arredores da Praça Sete, na região Central de Belo Horizonte, pode passar despercebido pela maioria das pessoas que trafega por ali. Mas esse alerta sonoro, que passou a funcionar nesta quinta-feira (23), nos semáforos das avenidas Afonso Pena e Amazonas pode salvar vidas e garantir a segurança na travessia de pessoas com deficiência visual ou de idosos com baixa visão.
Os sinais implantados pela BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte) também já estão funcionando em outros três pontos do Centro da capital: no trecho entre as avenidas Augusto de Lima e Contorno, no cruzamento da avenida Paraná com a rua dos Tamoios e, por fim, entre as ruas Tupis e São Paulo.
Está prevista ainda para a próxima semana, conforme informou a empresa, a instalação dessas ferramentas de acessibilidade em outros dois pontos da capital: nas vias ao redor da Praça da Liberdade e do Mercado Central.
Os locais escolhidos para receber os equipamentos foram identificados com a ajuda do Mudevi (Instituto São Rafael e Movimento Unificado de Deficientes Visuais), que vem acompanhando as operações com intuito de sugerir eventuais ajustes à BHTrans.
“Esses alertas são mais uma ferramenta para a independência das pessoas com deficiência visual”, resumiu Juarêz Gomes Martins, um dos colaboradores do projeto, que participou do processo de identificações dos pontos que receberam a novidade.
Como funciona?
Uma caixa amarela instalada no poste do semáforo para pedestres emite o som: “bip-bip”. Isso significa que a via está liberada para a travessia segura do pedestre.
Quando o tempo da travessia está terminando, o aviso sonoro vai ficando mais acelerado. Nesse momento, o pedestre saberá que a travessia não está mais segura e que o trânsito para os carros será liberado.
A ausência de som, contudo, indica que a via está liberada para o tráfego de carros e, portanto, bloqueada para travessia de pedestres.
Segundo informou a BHTrans, foram implantados 50 equipamentos de sinais sonoros nos semáforos dos quatro pontos da capital. Ainda conforme a gestora do trânsito, os equipamentos foram adquiridos por meio de licitação pelo valor R$ 48 mil.
