Facebook pra quê? Faixa com ‘indireta’ para vizinhos intriga moradores do Santa Tereza

Érica Santos/Bhaz

Motoristas e pedestres que passaram pela rua Amianto, no bairro Santa Tereza, durante as últimas três semanas se depararam com uma faixa bem curiosa. “Cuido da minha saúde. Da minha vida tem quem cuida”. Esses são os dizeres pintados no pedaço de pano estendido em frente a uma casa da via. Mas quem é o autor de tal recado estilo “indireta bem direta”?

A reportagem do Bhaz visitou a rua nesta segunda-feira (27) para descobrir a origem da faixa. Alguns moradores ficaram um pouco perdidos diante da mensagem. “Eu achei engraçado. Mas não entendi bem o motivo. Com certeza a vizinhança fala muito, mas não acredito que precisasse disso. Por que alguém perderia tempo, teria esse trabalho todo?”, questiona Carolina Urbano.

Pois bem… a faixa foi encomendada pelo psicólogo aposentado Geraldo de Faria. Divorciado há 16 anos e pai de três filhos, ele se irrita ao imaginar supostos comentários sobre sua vida.

“Tem vizinho que não tem o que fazer e fica fofocando sobre a vida alheia. Eu tenho quatro pessoas que trabalham para mim. Todas são mulheres, que ajudam no meu dia a dia. Não tenho nada com elas, mas as pessoas comentam. E, mesmo se eu tivesse, não estou fazendo nada de errado”, comenta o aposentado de 82 anos.

De acordo com Geraldo, a família não opina sobre a rotina em sua casa. “Meus filhos me visitam sempre, são todos formados e cada um já tem uma vida própria, família. Eles nunca falaram nada sobre eu sair com várias mulheres, sempre me deram suporte”, conta.

Aposentado garante que faixa retrata a realidade (Érica Santos/Bhaz)

A aposentada Daisy Oliveira também mora na rua Amianto e achou tudo muito curioso. “Deve ser por causa do entra e sai de mulheres nessa casa. É um bairro de gente mais velha, aí o pessoal comenta mesmo. Ele não deve ter gostado”, comenta. “Ele parece ser meio doido, ainda mais depois dessa faixa”, completa.

Geraldo garante que não tem “maluquice” alguma na faixa. Ele diz que outro motivo de fofoca são os veículos que mantém na garagem. “O pessoal fica falando dos meus carros, querem saber o motivo de não trocar todos por um novo. O que eles têm com isso?”, questiona o aposentado.

A professora Nilma Azevedo passa sempre pela rua Amianto e ri da situação. “Não sei nem o que dizer, ficou uma mensagem subentendida. Podia falar logo na cara da pessoa, não precisava de faixa”, opina.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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