Citado nas planilhas da Odebrecht, Caixeta pede demissão da PBH

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O ex-vereador Tarcísio Caixeta (PCdoB) desligou-se na terça-feira (18) do cargo de diretor de Inclusão Digital da Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte). A decisão, segundo o próprio gestor, ocorreu após a vinculação do seu nome às planilhas da Odebrecht. Esses documentos, apreendidos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, foram apontados pelos investigadores como uma relação de nomes destinatários de contribuições ilícitas.

“Solicitei o desligamento para deixar o governo [Kalil] à vontade. Essa decisão, aliás, ocorreu em função disso [lista da Odebrecht]”, esclareceu Caixeta ao Bhaz. Ainda segundo ele, as movimentações financeiras veiculadas pela imprensa “ocorreram dentro da legalidade”.

Quatro meses após ser nomeado em cargo administrativo da Prodabel, Caixeta foi atribuído pela Operação Lava Jato ao apelido “fósforo”, que aparece nas planilhas da empreiteira. Segundo a investigação, o ex-diretor da Prodabel é suspeito do recebimento de R$ 50 mil via caixa dois.

Um dia após o pedido de demissão, a Prefeitura de Belo Horizonte emitiu nota comunicando do desligamento: “Tarcísio Caixeta, que ocupava um cargo de direção na Prodabel, realmente encaminhou o pedido de demissão ao prefeito Alexandre Kalil na terça-feira, dia 18”, diz o texto divulgado.

Mesmo com o anúncio, entretanto, a exoneração de Caixeta ainda não foi publicada no DOM (Diário Oficial do Município). Questionada, a prefeitura deixou de informar quando será publicada a alteração nos quadros da Prodabel.

O Caixeta

Formado em Engenharia pela UFMG, Caixeta entrou para os quadros da Prefeitura de Belo Horizonte na gestão Patrus Ananias (PT), em 1993.

No mandato seguinte, do então prefeito Célio de Castro (PSB), o engenheiro foi conduzido à presidência da Urbel (Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte), exercendo o cargo até 2000.

Eleito pela primeira vez vereador naquele mesmo ano, alcançou a vice-presidência da Câmara de BH entre 2005 e 2006. Além disso, foi líder de governo de três prefeitos da capital: Célio de Castro, Fernando Pimentel (PT) e Márcio Lacerda (PSB).

Caixeta cumpriu quatro mandatos como vereador, entre 2000 e 2016. Em 2017, com 4.251 votos, não conseguiu ser eleito.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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