PF descobre esquema de tráfico de drogas em BH e estrangeiros são presos

Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte deflagrou a operação “Cullinan”, que culminou no indiciamento de 13 cidadãos estrangeiros que integram uma quadrilha especializada no tráfico internacional de cocaína para a Europa. Iniciada em fevereiro de 2016, a investigação identificou o grupo que se estabeleceu na capital e em Nova Lima, na região metropolitana. Eles alugaram imóveis e criaram uma empresa fictícia para exportar blocos de granito com a droga escondida.

Segundo a PF, as movimentações do grupo, a montagem da estrutura logística para a exportação da droga e os encontros com compradores e fornecedores começaram a ser monitorados no ano passado. Em novembro, foi identificada uma exportação feita pela organização criminosa, a partir dos portos de Vitória/ES e do Rio de Janeiro/RJ: sete blocos de granito, acondicionados em contêineres, cujo destino final era a Espanha, com entreposto na Antuérpia, Bélgica.

Cocaína era escondida dentro de blocos de granito para ser levada à Europa
Divulgação/Polícia Federal

Com o apoio da Polícia e da Aduana belgas, a carga foi vistoriada e foram apreendidos, no porto de Antuérpia, mais de mil quilos de cocaína, que estavam ocultados em dois dos blocos de granito exportados. Paralelamente, foi apurado que a quadrilha havia transferido seus equipamentos e estrutura logística para a região metropolitana de Vitória/ES, deixando-os em um galpão alugado. Em seguida, todos os investigados deixaram o território nacional.

A pedido da PF, a Justiça Federal decretou as prisões preventivas dos investigados, autorizando, ainda, a difusão dos mandados de prisão por intermédio da INTERPOL.

No decorrer das investigações, várias diligências foram executadas, dentre elas a apreensão de equipamentos de perfuração e uma empilhadeira que foram abandonados pelos investigados no Espírito Santo. De igual modo, foi solicitado à Polícia Nacional da Colômbia (PNC) que, em procedimento de colaboração internacional, prestasse auxílio, localizando e prendendo os investigados que se encontrassem naquele país, para posterior extradição ao Brasil.

Cocaína escondida em blocos de granito
Divulgação/Polícia Federal

Após a inclusão do nome dos investigados nas difusões vermelhas de procurados internacionais pela INTERPOL, a Polícia Federal, simultaneamente com a Polícia Nacional da Colômbia, deflagrou a Operação “Cullinan”. Na última sexta-feira (28), foi preso preventivamente em São Paulo/SP, pela Polícia Federal, o único dos investigados que se encontrava no Brasil. Na casa dele foram apreendidos documentos, smartphones e mídias eletrônicas, um carro, além de 60 mil dólares americanos e 34 mil reais em espécie.

O preso foi conduzido para Belo Horizonte/MG, onde permanece recolhido em estabelecimento penal à disposição da Justiça Federal. No mesmo dia, na Colômbia, a Polícia Nacional da Colômbia prendeu preventivamente três investigados no país. A PF solicitou à Justiça Federal que se formalize à República da Colômbia o pedido de extradição dos presos para o Brasil, para serem interrogados pela PF e permaneçam à disposição da Justiça.

Diversos itens foram apreendidos com um dos suspeitos alvo da operação
Divulgação/Polícia Federal

Aos indiciados é imputada, em suma, a prática dos crimes de tráfico internacional de drogas e de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 30 anos de reclusão.

A Polícia Nacional da Colômbia e as polícias de outros países membros da INTERPOL mantêm investigação, com vistas à localização e prisões dos demais investigados. A operação foi chamada de Cullinan em referência ao nome do maior diamante já encontrado. Ele tem sido associado às grandes somas de dinheiro que os investigados tentavam conseguir com o tráfico.

Da Polícia Federal

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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