Dê para sua mãe um presente diferente: um concerto de música clássica

Quer dar um presente diferente para sua mãe? Leve-a para assistir ao concerto ao ar livre da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais deste domingo, Dia das Mães. A apresentação será em frente à Sala Minas Gerais, na rua Tenente Brito Melo, entre a Gonçalves Dias e a Alvarenga Peixoto e terá como tema músicas clássicas que fizeram sucesso como trilhas sonoras de filmes de Hollywood, como Apocalipse Now, Amadeus, 007, Concerto sem Dó (Pernalonga) e Guerra nas Estrelas. No programa, estão peças de Wagner, Mozart, Strauss Jr. Liszt, Müller-Bergaus e J. Williams, sob regência do maestro Marcos Arakaki.

Para Diomar Silveira, diretor-presidente do Instituto Cultural Filarmônica, iniciativas como o concerto especial para o Dia das Mães, que vem sendo realizado desde 2008, fazem parte da diretriz do instituto de democratizar o acesso à cultura. O objetivo, segundo ele, é exatamente o contrário do que pensa a maioria das pessoas: que a música clássica é um produto cultural de elite. Com o concerto do Dia das Mães, a intenção é mostrar que esse tipo de música, mais do que se pode imaginar, também faz parte do cotidiano das pessoas. Nesse sentido, o a função do concerto é levar as é fazer essa descoberta.

Veja informações sobre cada obra que será executada e o respectivo filme de cuja trilha sonora faz parte.

A Cavalgada das Valquírias (Wagner), trilha de Apocalypse  Now

Guerra do Vietnã, 1969. Quando o esquadrão de helicópteros do Tenente-Coronel Bill Kilgore sobrevoa o rio Nùng e ataca a vila de Vin Drin Dop, um posto importante para os vietcongues, é A cavalgada das Valquírias, que o editor do filme, Walter Murch, chamou de “o coração musical” do filme Apocalypse Now. A cavalgada das Valquírias talvez seja o trecho instrumental das óperas de Wagner mais explorado pela cultura pop em tempos recentes. Nela, o drama gira em torno do desentendimento da Valquíria Brünhilde com o pai Wotan, chefe dos deuses, quando ela hesita em obedecer a uma ordem do pai. Na mitologia wagneriana, as valquírias eram encarregadas de levar, em seus cavalos alados, as almas dos guerreiros mortos para o Walhalla.

 Sinfonia nº 25, allegro com brio (Mozart), trilha de Amadeus

Durante uma visita a Viena em 1773, Mozart tomou conhecimento das sinfonias em modo menor de Haydn, compostas dentro um estilo pré-romântico conhecido como Sturm und Drang [Tempestade e Ímpeto]. Parece ter sido sob o forte efeito destes acontecimentos que o Wolfgang Amadeus, então com 17 anos, criou sua Sinfonia nº 25, sua primeira em modo menor e uma impetuosidade sem precedentes até então. Stanley Sadie, um especialista quando o assunto é o gênio de Salzburgo, alegou que o K. 183 trata-se da primeira grande obra de Mozart, aquela a “entrar no domínio dos sentimentos humanos verdadeiros”. O movimento que dá início à Sinfonia foi o escolhido para abrir Amadeus, filme de 1984 do diretor Milos Forman e com roteiro de Peter Shaffer.

 Tristsh-tratsch polca (J. Strauss Jr.) trilha de 007 contra o foguete da morte

A polka nasceu na região na Boêmia, no século XIX, e fez milhares de casais girarem alegremente pelos salões europeus. Johann Strauss Jr., o rei da valsa, também era um entusiasta da polka. Escreveu várias delas, como a Herzenslust, a Viva a Hungria! e a Tritsch-Tratsch. Composta em 1858 depois de uma turnê pela Rússia, Tritsch-Tratsch Polka tornou-se uma das obras mais queridas do compositor. Há muitas especulações sobre a origem título. A mais popular delas faz uma alusão à “vocação” vienense para a fofoca (tratsch no alemão). Seria algo como o ti-ti-ti do português ou o chitchat do inglês. Outras teorias incluem até mesmo o poodle da esposa de Strauss Jr., que se chamaria Tritsch-Tratsch. Conversas à parte, trata-se de uma música deliciosa! Ela pode ser ouvida em uma das cenas mais engraçadas de 007 contra o Foguete da Morte, filme de 1979 dirigido por Lewis Gilbert. Nela, James Bond está sendo atacado enquanto está em uma gôndola em Veneza. O gondoleiro de Bond é morto e uma perseguição começa. O espião acaba aparecendo com o barco no meio da Praça de São Marcos, deixando turistas e locais atônitos.

Rapsódia Húngara nº 2 (Liszt/Müller-Berghaus), trilha de Pernalonga e Tom e Jerry

Liszt criou dezenove Rapsódias Húngaras para piano solo inspiradas no folclore do povo magiar, principalmente nas melodias ciganas. Delas, seis foram orquestras posteriormente por Franz Döppler sob a supervisão de Liszt. A Rapsódia nº 2 sem dúvida é a mais famosa de todas delas, já apareceu em uma infinidade de desenhos animados, filmes e outros produtos da cultura pop. Na série de curta-metragens da Warner Bros. Merrie Melodies, ela aparece na versão orquestral em Rhapsody in Rivets (1941), dirigido por Friz Freleng, e em Rhapsody Rabbit (1946), Concerto Sem Dó na versão brasileira, dirigido por I. Freleng e estrelado por Pernalonga. Também de 1946 é The Cat Concerto, com uma briga consagrada entre Tom e Jerry e dirigido por William Hanna e Joseph Barbera – produção que inclusive ganhou um Oscar.

 Suíte para orquestra (John Williams), trilha de Guerra nas estrelas

John Williams, em sua trilha original para Guerra nas Estrelas, nos transporta para uma galáxia muito distante e faz da música um elemento essencial da narrativa nesta ópera espacial imaginada por George Lucas. Nesta suíte, a orquestra interpreta o Tema Principal, o Tema da Princesa Leia, A Marcha Imperial, o Tema do Yoda, e Sala do Trono e Tema Final.

 

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