Golpistas são presos após comprar R$ 15 mil em iPhones 7 no Belvedere

Polícia Civil conseguiu localizar o material usado pela quadrilha para falsificar documentos (Divulgação/PCMG)

A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de fraudar cartões de créditos e realizar compras em alto valor em Belo Horizonte nesta semana. Em um dos casos, os homens compraram iPhones 7 com o cartão de uma vítima em uma loja no Belvedere, região Centro-Sul da capital. Os homens são de São Paulo, mas, foram presos em BH nessa quinta-feira (18).

As investigações tiveram início na quarta-feira (17), após um proprietário de uma loja de celulares procurar a polícia para registrar uma ocorrência. Segundo o comerciante, dois homens foram até o estabelecimento e fizeram a compra dos celulares. Os suspeitos, que têm 39 e 40 anos,  gastaram um valor aproximado de R$15 mil.

“Os homens apresentaram documentos e cartão de crédito válido. Por isso, a compra foi efetuada normalmente. O que gerou suspeita foi o fato dos autores não pedirem qualquer tipo de desconto”, explicou o delegado Rodrigo Bossi, que coordena as investigações.

A Polícia Civil identificou o verdadeiro dono do cartão de crédito utilizado pelos suspeitos. Trata-se de um funcionário de uma empresa de eletrônicos de Brasília. A polícia localizou fotos do titular do cartão que não correspondiam com a descrição dos suspeitos.

Descoberta a fraude, a polícia montou uma operação para prisão dos investigados. Os policias esperaram os suspeitos na loja onde a compra foi efetuada. Eles foram presos após voltarem no local para buscar as mercadorias encomendadas. Os presos não portavam documentos e foram levados ao flat onde estavam hospedados, no bairro Santa Lúcia, em BH. Lá os investigadores localizaram material de falsificação de cédulas de identidade.

Além disso, por meio das imagens de câmeras de segurança, os policiais identificaram outros três integrantes da quadrilha. Um deles é um estelionatário já conhecido pelos policiais.

A polícia também identificou o modus operandi da quadrilha. “Após a obtenção dos dados das vítimas, pessoas escolhidas por seu poder aquisitivo, os estelionatários falsificavam seus documentos. Após isso, eles obtinham falsos comprovantes de residência e procuravam agências da rede bancária da vítima. Eles solicitavam o envio de uma segunda via do cartão de crédito para o endereço falso e faziam compras”, contou Bossi.

Outras duas lojas teriam sido alvo dos golpistas no dia 16 de maio. Uma delas uma loja de telefonia, outra uma rede de revenda de eletrodomésticos. As investigações continuam para a apuração de outras possíveis vítimas, bem como da qualificação e prisão dos integrantes.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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