O ex-deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputado, Eduardo Cunha, escreveu uma carta no mesmo dia em que a delação de Joesley Batista foi divulgada. Entretanto, a carta veio a público somente neste sábado (20).
No áudio, o empresário conversa com Temer sobre um possível repasse para calar Cunha, atualmente preso em decorrência da delação do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.
A carta de Cunha foi escrita de próprio punho em uma folha de papel almaço e tem 18 linhas. Ela foi divulgada pelo advogado do ex-deputado. Segundo a nota, Cunha nega ter pedido ao presidente Michel Temer “qualquer coisa”. Além disso ele ressalta que está “exercendo o meu direito de defesa e não estou em silêncio e tampouco ficarei”.
Carta
Leia a carta na íntegra:
Nota:
Com relação aos fatos divulgados referentes à suposta delação do empresário Joesley Batista, tenho a esclarecer o seguinte:
1) Repudio com veemência as informações divulgadas de que estaria recebendo qualquer benefício para me mantar em silêncio.
2) Estou exercendo o meu direito de defesa e não estou em silêncio e tampouco ficarei.
3) São falsas as informações divulgadas atribuídas a Joesley Batista de que estaria comprando o meu silêncio.
4) Jamais pedi qualquer coisa ao presidente Michel Temer e também jamais recebi dele qualquer pedido para me manter em silêncio.
5) Recentemente, após entrevista dele, o desmenti com contundência, mostrando que não estou alinhado em nenhuma versão de fatos que não sejam os verdadeiros.
Eduardo Cunha, 18/05/2017