Um jovem de 25 anos procurou a Polícia Militar (PM) na madrugada desta segunda-feira (22) para denunciar um taxista após realizar uma corrida pela região de Venda Nova, em Belo Horizonte. Ele contou aos militares que foi arrastado por cerca de 200 metros, no bairro Candelária, ao fim da viagem. Segundo o jovem, o motorista arrancou o carro de forma repentina enquanto eles conversavam. “Só falta uma chupadinha”, teria dito o condutor.
De acordo com a PM, a vítima relatou ter entrado no táxi junto com o pai dele após sair de uma casa de eventos na avenida Fleming, na região da Pampulha. Ele explicou que o pai desembarcou em outro endereço e que seguiu viagem sozinho. Ao descer, já no Candelária, pagou a conta e perguntou ao taxista se estava tudo certo. Foi então que o homem fez menção ao ato sexual e acelerou o carro. Ele afirma ter ficado preso ao veículo e ter sido arrastado pelas ruas do bairro.
O rapaz ainda explicou que não guardou o nome do taxista, mas que a casa de shows onde estava possui câmeras de segurança do lado de fora, o que pode ajudar na identificação do taxista. Ele sofreu ferimentos no pé e no joelho esquerdo, no pé direito e se queixava de dores na costela. O caso foi registrado como lesão corporal e deve ser investigado pela Polícia Civil.
O taxista entrou em contato com a reportagem do Bhaz, relatando a sua versão dos fatos. Segundo ele, ao desembarcar no endereço, o jovem o convidou para entrar no apartamento e fazer uso de drogas, porém o homem recusou o convite. O rapaz, então, desceu do veículo e se dependurou pela janela, tentando agredi-lo. Ao perceber a tentativa de agressão, o taxista acelerou o carro e o passageiro foi arrastado com metade do corpo para fora do veículo, até que caiu no chão.
O motorista, que registrou boletim de ocorrência ao qual o Bhaz teve acesso, conta ainda que ficou com medo de parar e prestar socorro ao jovem, já que ele o ameaçou durante todo o trajeto.
Atualiza em 02 de junho às 15h23
