Revista da UFMG analisa dados e escancara desigualdade social em BH

Reprodução/Facebook

Dados de 2015 divulgados pela ONU colocam o Brasil entre as dez nações com maior índice de desigualdade social do mundo. Em Belo Horizonte, uma das mais importantes cidades do país, a realidade não é diferente. Pensando nisso, professores, pós-graduandos e estudantes da UFMG realizaram um estudo que escancara o problema na capital mineira.

Os pesquisadores levantaram dados a respeito do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de diferentes pontos de BH. Tal estatística leva em consideração três parâmetros: longevidade, educação e renda. E a diferença do IDHM entre pontos da capital é gritante. Em uma comparação entre as estatísticas municipais e o IDH de outros países, por exemplo, é como se apenas uma rua separasse a Suíça da África do Sul. Veja o vídeo abaixo:

O jornalista e pós-graduando em Comunicação na UFMG Bruno Fonseca, 29, foi um dos produtores da reportagem e explica que a ideia surgiu no final do ano passado.

“Na época das eleições, a gente fez duas matérias pra ver como tinham sido os resultados por seção e zona. Quando estávamos analisando, queríamos dados para caracterizar a pesquisa de uma forma mais objetiva. Lembramos do dado dos IDHM e fizemos comparações com os resultados das urnas”, explicou ao Bhaz.

O levantamento do IDHM por bairro da capital chamou a atenção de Bruno e dos colegas dele, que tiveram a ideia de fazer a reportagem abordando somente os índices. “Percebemos que só o IDHM já rendia uma abordagem. Vimos que os índices eram muito discrepantes, até entre bairros muito próximos, que estavam do lado do outro”, completa.

Os mapas do Google foram ferramentas fundamentais para a análise dos dados. “Por meio das imagens de satélite, a gente vê na prática as diferenças entre os IDHM dos bairros. Seja na disposição das ruas, na arborização, na arquitetura”, argumenta.

O jornalista e pós-graduando afirma que o levantamento dos dados é uma importante forma de mostrar a realidade e motivar políticas públicas para amenizar o problema. “O índice está aí, a disposição do público. É importante mostrar, questionar essa realidade. O que vai fazer a partir disso é outra discussão”, conta.

O estudo foi realizado por Bruno em parceria com o estudante da graduação Caio H. Silva para a revista eletrônica Transite, ação laboratorial e de extensão do Domínio Processos Jornalísticos do Curso de Graduação em Comunicação, do Departamento de Comunicação e da Pós-Graduação em Comunicação da UFMG.

Rodrigo Salgado

Repórter do Portal Bhaz.

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