Maio amarelo e mais 14 radares visam diminuir acidentes nas rodovias

O Movimento Maio Amarelo, que tem por objetivo estimular o debate sobre o trânsito seguro, proporcionando articulação entre sociedade civil e poder público, terá o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A fachada da Assembleia terá a cor amarela, a partir desta sexta-feira (26), simbolizando sua adesão ao Movimento, que vai até a próxima quarta (31).

A campanha originou-se a partir de resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), aprovada em 2010, e que define o período entre 2011 e 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. A cor amarela foi escolhida, pois significa advertência nos semáforos, e o tema deste ano é “Minha escolha faz a diferença”.

O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.

Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.

Com a maior malha viária do país, o estado de Minas Gerais possui altos números de acidentes de trânsito urbanos e rodoviários. É a segunda maior causa de mortes por violência. Os acidentes de trânsito no Brasil foram responsáveis em 2014 (últimos dados oficiais disponíveis) por cerca de 43 mil mortes. Vale lembrar também que, em decorrência deles, um contingente extremamente superior passa a conviver com sequelas e invalidez permanente, por exemplo. Além disso, os custos com os acidentes de trânsito representam montante de R$ 56 bilhões que poderiam ser voltados a ações sociais.

Em 2016, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal de Minas Gerais, foram registrados 14,3 mil acidentes nas estradas federais do estado.

Visando diminuir esse índice, a partir do dia 30, começarão a funcionar em modo definitivo mais 14 radares nas rodovias mineiras. Ao ultrapassar quilômetros por hora, os motoristas serão multados nos seguintes trechos:

MG-338, quilômetro 11,5, em Barbacena;

MG-133, quilômetro 34,5, em Piau;

MGC-265, quilômetro 120,6, em Rio Pomba;

MGC-265, quilômetro 139,5, em Mercês;

MGC-265, quilômetro 94,3, em Tocantins;

MG-260, quilômetros 18,0 e 27,8, em Cláudio;

MG-335, quilômetro 84,5, em Lavras;

MGC-369, quilômetros 73,7 e 74,0, em Aguanil;

MG-050, quilômetro 143,0, em São Sebastião do Oeste;

BR-265, quilômetro 638,7, em São Sebastião do Paraíso;

MG-126, quilômetro 71,3, em Mar de Espanha;

MG-133, quilômetro 44,9, em Coronel Pacheco.

Os radares estão funcionando em modo educativo, desde o dia 23, visando alertar os motoristas sobre o respeito à velocidade máxima permitida.

Da Agência Minas Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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