O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, será julgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta terça-feira (30), em Brasília. Moro responderá por reclamações disciplinares relacionadas à liberação de conversas telefônicas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A sessão terá início às 9h, com transmissão da TV Plenário. O link de transmissão ao vivo só começa a funcionar no momento de início da sessão plenária.
Alguns senadores e deputados fizeram reclamações contra Moro que foram protocoladas pela CNJ. Nelas, os políticos afirmam que o juiz não poderia ter liberado tais gravações, já que Dilma possuía foro privilegiado.
O juiz Sergio Moro soltou as gravações um dia antes de o ex-presidente Lula participar da cerimônia de posse como ministro da Casa Civil. Os parlamentares também questionaram Moro sobre a quebra de sigilo profissional entre cliente e advogado, já que o escritório do defensor de Lula também foi grampeado.
Punição
Os deputados e senadores querem que a CNJ faça valer as medidas da Lei Orgânica da Magistratura (Lomam), que prevê a advertência, aposentadoria ou remoção compulsória, censura ou demissão do cargo.
Os deputados que formalizaram as reclamações junto a CNJ foram: Afonso Florence (PT-BA), Henrique Fontana (PT-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP), Pepe Vargas (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ). Dentre os senadores, estão: Ângela Portela (PT-RR), Donizeti Nogueira (PT-RR), Fátima Bezerra (PT-PB), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE), Jorge Viana (PT-AC), José Barroso Pimentel (PT-CE), Lídice da Mata (PSB-BA), Lindbergh Farias (PT-RJ), Paulo Rocha (PT-PA), Regina Sousa (PT-PI) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).