A Justiça de Minas Gerais condenou, na tarde desta quarta-feira (7), uma mulher de 35 anos por matar uma grávida e roubar o bebê dela. O crime ocorreu em Ponte Nova, na Zona da Mata, em 2015. A ré foi condenada a 34 anos, um mês e 23 dias de prisão, e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
Patrícia Xavier da Silva foi morta aos 21 anos e, segundo investigações policias, teve a barriga cortada pela criminosa para que a criança fosse roubada. O recém-nascido sobreviveu e hoje tem dois anos. Ele vive aos cuidados dos avós maternos.
O júri popular comandando pela juíza Dayse Baltazar, da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude de Ponte Nova, durou quase 10 horas. O crime chocou a população pela brutalidade.
Gilmária foi condenada por cinco crimes: homicídio, com qualificadores de motivo torpe, mediante dissimulação, com emprego meio cruel e para assegurar a execução de outro crime. Os outros crimes foram o de perigo para a vida de outra pessoa, ocultação de cadáver, subtração de incapaz e de dar parto alheio como próprio.
Relembre o caso
Gilmária Silva Patrocínio foi presa pela Polícia Civil em julho de 2015. A ré confessou o crime e disse que agiu sozinha. Aos investigadores, a mulher contou que havia inventado uma gravidez e necessitava de um bebê para manter o relacionamento com o marido. Gilmária já conhecia Patrícia e armou uma armadilha para cometer o assassinato.
Perto do hospital, em um dia que Patrícia se consultava, Gilmária apareceu e disse que doaria roupas e um berço para o bebê. Quando Patrícia se distraiu, foi golpeada com um pedaço de madeira e desmaiou.
A criminosa amarrou Patrícia e a colocou em uma caixa d’água, fez um corte na barriga dela e retirou o bebê. A mãe da criança teve hemorragia e morreu no local.