A Polícia Federal (PF) confirmou ter desarticulado uma organização criminosa que realizava fraudes na Previdência Social, no norte de Minas Gerais. Entre os envolvidos estavam servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Chamada de Constrição, a operação cumpriu na segunda-feira (12) 22 ordens judicias, sendo dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e sete de condução coercitiva. A PF também realizou buscas nos endereços que mantinham ligação com a organização.
De acordo com as investigações, ao fraudarem a concessão de benefícios previdenciários, os integrantes obtinham vantagens indevidas, principalmente em aposentadorias por idade de moradores da área rural. Em troca, eles recebiam o pagamento de valores obtidos através de empréstimos consignados contratados em nome dos beneficiários do esquema.
Segundo a PF, o prejuízo causado até março deste ano foi de R$ 902,9 mil, sendo R$ 486,4 mil na concessão dos benefícios fraudados e R$ 416,5 mil na contratação dos empréstimos consignados. Esses valores dizem respeito a 49 casos já analisados de quase uma centena em investigação. Considerando a expectativa de vida dos beneficiários do esquema, a PF estima que o prejuízo a longo prazo poderia chegar a R$ 13 milhões.
Os investigados serão indiciados por estelionato, falsidade ideológica, organização criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informações. Caso sejam condenados, os acusados podem ter penas que ultrapassem 30 anos de prisão.
Da Agência Brasil