Prédio do Bemge vai ser revitalizado para abrigar ‘hub’ de inovação do Estado

Charles Torres – Agência Minas

Localizado no coração de Belo Horizonte, o prédio de 25 andares onde funcionou a sede do antigo Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) prepara-se para se descolar do passado e se projetar no futuro. É nele que, no final do ano que vem, irá funcionar o projeto P7 Criativo, um hub de inovação aberta com a intenção de estimular o empreendedorismo digital, a conexão entre talentos, o desenvolvimento da economia criativa e a geração de negócios sustentáveis

O prédio está desocupado, não funcionando no local nenhuma unidade do governo de Minas. Sua adaptação para receber o projeto P7 Criativo irá custar R$ 56 milhões, com previsão de término para o final de 2018.

O projeto P7 Criativo é uma iniciativa do governo de Minas, que, até o término da obra de revitalização do prédio da Praça Sete, irá colocar em funcionamento uma versão inicial no quarto andar do prédio localizado na avenida Afonso Pena nº 4000, em frente ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Neste espaço, o programa vai operar de forma reduzida e provisória. Terá a companhia da Fundação Mineira de Software (Fumsoft) e da Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais (Uaitec), outras iniciativas voltadas para o empreendedorismo digital e empresarial que funcionam no mesmo endereço. A inauguração da versão experimental do P7 Criativo está prevista para daqui a dois meses. Quem assegura é o presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), Marco Antônio Castello Branco.

“O importante é que vamos revitalizar o centro de BH, seguindo uma tendência mundial de levar a inovação para o coração das grandes cidades. Dessa maneira, vamos preparar a economia de Minas Gerais para o futuro. O objetivo agora, com o projeto piloto, é criar o apetite para o mercado e para as empresas enquanto trabalhamos na reforma do prédio que vai receber a iniciativa por completo”, explica Marco Antônio.

“Já reformamos e estamos acabando de comprar os móveis. O andar tem cerca de 1.800 metros quadrados e comportará aproximadamente 400 pessoas conectadas. Vamos começar com uma área menor que nos vai permitir praticar e experimentar esse conceito de inovação aberta”, comenta Marco Antônio. O custo total da reforma do andar que vai receber o projeto piloto gira em torno de R$ 1 milhão.

Com a conclusão das obras e início das atividades, a versão preliminar do P7 Criativo vai colocar, em conexão, empreendedores, investidores e especialistas que usam a criatividade e o capital intelectual nas áreas de design, moda, audiovisual, robótica, gastronomia, patrimônio cultural, telecomunicações, jogos eletrônicos, saúde e bem-estar, funding, administração pública, educação, entre tantos outros setores.

P7 Criativo

A infraestrutura do prédio da Praça Sete vai contar com espaços de coworking, centro de pós-produção audiovisual, biblioteca, auditório, centro de desenvolvimento de software, ambientes de locação para pequenas e médias empresas, restaurante e café, além de uma educação focada no movimento de startups — empresas inovadoras da área de tecnologia. Segundo estudos, o novo empreendimento poderá gerar 1.625 empregos diretos e 8.125 indiretos.

Marco Antônio esclarece que o P7 Criativo não pode ser confundido com outras iniciativas do Governo de Minas Gerais voltadas para o fomento da inovação, como o Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development (Seed).

“O P7 Criativo é mais do que um ambiente de startups, uma aceleradora ou incubadora. É um ambiente híbrido, que trabalha com o pequeno, médio e grande empresário. É um hub de economia criativa”, salienta Marco Antônio, que também reconhece as grandes contribuições que o programa Minas Digital tem dado para o avanço tecnológico do estado.

O P7 Criativo é inspirado em modelos de inovação do exterior, onde prédios reúnem os principais players e talentos ligados à inovação e, dessa maneira, fortalecem a economia criativa local. A Codemig foi conhecer de perto como funcionam os hubs de inovação em outros países, como o encontrado no Canadá, na cidade de Waterloo.

“Lá vi uma incubadora de startup ligada à universidade e, do lado, em um prédio antigo e reformado, um espaço de inovação aberta, onde havia empresas de grande porte como o Google, Xerox e GM em contato constante com as startups”, conta Marco Antônio.

E assim como acontece no Canadá, a Codemig quer atrair as startups e tirar as empresas do espaço natural delas, partindo do princípio de que o ambiente empresarial e hierarquizado é nocivo à inovação e de que o compartilhamento de informações estimula conexões informais que ajudam as pessoas a pensar “fora da caixa”.

Da Agência Minas

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