O presidente Michel Temer (PMDB), em pronunciamento na tarde desta terça-feira (27), rebateu a denúncia apresentada pelo procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Acompanhado de deputados, senadores e ministros, o presidente pronunciou-se, no Palácio do Planalto, com 40 minutos de atraso em relação ao previsto.
Para o presidente, a denúncia não passa de uma ficção criada por fatores “políticos”. Ele disse ainda que uma trama de novela foi feita e sua dignidade pessoal está sendo atacada através de injúrias.
“Fui denunciado por corrupção passiva sem jamais ter recebido valores. Nunca vi o dinheiro e não participei de acertos para cometer ilícitos. Afinal, onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Inexistem”.
Segundo Michel Temer, o Código Penal foi reinventado e criada uma nova categoria: a denúncia por ilação.
Rodrigo Janot denunciou o presidente Michel Temer, nessa segunda-feira (26), ao STF pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. Esta é a primeira vez que um presidente no exercício do mandato é denunciado ao STF por corrupção.
Sobre a gravação da conversa que teve com o empresário Joesley Batista, no Palácio do Jaburu, Temer afirmou que a gravação é uma prova ilícita e não pode ser aceita pela Justiça.
A denúncia de Janot foi enviada ao ministro Edson Fachin, relator da investigação envolvendo o presidente, e só poderá ser analisada pelo Supremo após a aceitação de 342 deputados federais, o equivalente a dois terços do número de deputados da Câmara.
O advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que presidente é inocente das acusações de prática de corrupção.
No pronunciamento, Michel Temer disse estar honrado por estar exercendo o cargo de presidente da República, ainda mais pelo fato de o país estar se reestruturando. Ele ainda afirmou que a aprovação das reformas, como a trabalhista e a previdenciária, será de extrema importância para a continuidade do crescimento do país.
Da Redação, com Agência Brasil