A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro realizou uma operação, nesta terça-feira (18), que terminou com a prisão de um rapaz de 23 anos em Nova Iguaçu. Ele foi detido por meio de um mandado de prisão temporária por ser um dos curadores do jogo suicida Baleia Azul no estado. Segundo as investigações, o jovem confessou participar do desafio como um dos coordenadores e disse que tinha influenciado 30 vítimas. O Bhaz produziu uma matéria especial a respeito do assunto. Nenhuma morte foi registrada no Rio, mas pelo menos dois casos de auto-extermínio relacionados à “brincadeira” ocorreram em Minas.
A operação Aquarius tinha como objetivo de cumprir 24 mandados de busca e apreensão, nos Estados do Rio de Janeiro, Amazonas, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, relacionados ao inquérito que investiga o jogo Baleia Azul. As delegadas responsáveis, Daniela Terra e Fernanda Fernandes, comandaram uma análise prévia para verificar a existência do jogo e evitar mortes de possíveis vítimas.
A ação tinha caráter preventivo e foi motivada pela falta de procura por parte das vítimas pelas autoridades. Segundo Fernanda, o Facebook não colaborou com as investigações e medidas legais já são tomadas contra a redes social devido ao não cumprimento de determinações judiciais. A empresa pode, inclusive, ser multada pela Procuradoria do Rio de Janeiro. A Google também pode sofrer medidas, já que também não atendeu aos pedidos da polícia.
De acordo com as investigações, até o momento, 10 curadores são investigados. O número poderia ser maior caso as referidas redes sociais e empresas de tecnologia tivessem cumprido as determinações da polícia judiciária e do poder judiciário.
A delegada titular da unidade, Daniela Terra, disse que todas as vítimas eram menores e chegavam com muitos cortes já realizados. Segundo as investigações, uma criança de 9 anos estava prestes a entrar no jogo e dizia que ao final “encontraria os anjinhos”.
As crianças que estiveram na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio de Janeiro foram encaminhadas para acompanhamento psicológico. Ao todo, 15 vítimas foram identificadas e, além da prisão do rapaz, celulares e computadores também foram apreendidos.
Com Polícia Civil do Rio de Janeiro
