Café com ‘chumbinho’: mulher é indiciada por envenenar e matar policial na região metropolitana

Crime ocorreu em Sabará

A Polícia Civil finalizou as investigações sobre o homicídio de um investigador da corporação que trabalhava no Instituto Médico Legal (IML). Ele foi morto por envenenamento após a ingerir uma quantidade de carbamato, praguicida conhecido popularmente como “chumbinho”. A mulher da vítima foi apontada como a responsável pelo crime e acabou indiciada por homicídio qualificado por motivo fútil, com uso de veneno, meio insidioso e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa dele.

O crime ocorreu no dia 9 de janeiro deste ano, em Sabará, região metropolitana de Belo Horizonte, onde o investigador morava com a mulher. Conforme apurado, no dia dos fatos, a vítima tomou café da manhã e saiu para trabalhar. Após sentir-se mal, ele decidiu retornar para casa e pediu por socorro, pois estava com sintomas de vômito, desarranjo intestinal e intensa dor no peito.

A vítima foi socorrida por vizinhos até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nações Unidas. No local, os médicos diagnosticaram um quadro clínico de envenenamento por carbamato. Ele foi encaminhado para o Hospital São José, na capital, onde permaneceu internado até o dia 17 de janeiro, quando não resistiu ao agravamento dos sintomas e morreu. O corpo da vítima passou por exame de necropsia, sendo encontrado no conteúdo gástrico o praguicida “chumbinho”.

Durante buscas realizadas na casa do policial, foram recolhidos diversos vasilhames e utensílios domésticos. Por meio de perícia realizada foi possível atestar a presença, nas garrafas de café e na embalagem de achocolatado, de mais um praguicida: o cipermetrina. A mulher da vítima afirma que somente ela e o marido tinham acesso à casa em que moravam, porém, não soube explicar a origem dos pesticidas. Ela nega participação no crime.

“Restou apurado pelos depoimentos testemunhais que a vítima mantinha um conturbado relacionamento amoroso com a indiciada, com muitas brigas e, na véspera dos fatos, teria ocorrido uma inflamada discussão entre o casal, com motivação financeira e amorosa. De igual forma, restou apurado que a vítima já havia manifestado o interesse de se separar da indiciada”, ressaltou o delegado Emerson Morais que coordenou as investigações.

Ainda em depoimento, familiares e amigos da vítima afirmaram que ele não tinha nenhum histórico de tentativa de suicídio ou de desordem psicológica, não constando nenhum registro de afastamento ou tratamento psiquiátrico na ficha médica do policial. As investigações foram coordenadas pelo delegado Emerson Morais, pela escrivã Ivana Janine e pelos investigadores Paulo Henrique e Paloma Tavares.

Da PCMG

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