Manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam a ocupação na fazenda do empresário Eike Batista em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Desde a madrugada da última quarta-feira (26) duzentas famílias estão no local.
Para Ester Hoffmann, membro da direção do MST, a ocupação será permanente no local. “Até o momento apenas o batalhão de choque da Polícia pediu para que nós nos retirássemos daqui. Dissemos que não acataríamos o pedido e eles foram embora. Nossa ocupação será permanente”, afirmou.
Até o momento eles não receberam nenhum pedido de reintegração de posse das terras pertencentes à empresa MMX. De acordo com Ester, mais famílias estão chegando para apoiar a ocupação. Os novos membros da ocupação são oriundos do Bairro Nazaré, também de São Joaquim de Bicas.
Cerca de 700 hectares estão ocupados pelos manifestantes e faz parte da Jornada Nacional Corruptos Devolvam Nossas Terras. Segundo o MST, as terras ocupadas encontram-se abandonadas, depois de terem sofrido crimes ambientais devido à exploração mineral desordenada. Eles também alegam que as atividades da MMX podem acarretar numa crise de abastecimento de água na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em nota, o MST enfatiza que enquanto Eike Batista cumpre pena em regime domiciliar “os trabalhadores brasileiros continuam sofrendo com o desemprego, a falta de moradia e de acesso à terra”.
