Mais um jovem morre no Brasil enquanto fazia selfie; acidente foi no interior de SP

No chão, em Jaboticabal, ficou o retrovisor do carro em que Simon fazia a selfie

No curto intervalo de apenas dois dias, dois jovens tiveram morte trágica no Brasil porque faziam selfies sem prestar atenção ao perigo que estava à sua volta. Na quarta-feira, 9, em Governador Valadares, Minas Gerais, um adolescente de apenas 15 anos morreu atingido por trem da Estrada de Ferro Vitória-Minas, enquanto fazia selfies sobre os trilhos. Ele não pressentiu a aproximação do trem e foi atingido.

No dia seguinte, quinta-feira, 10, Simon Simões de Almeida, de 19 anos, bateu a cabeça em uma árvore e morreu. Ele fazia uma selfie com o corpo para fora de um carro em movimento e não viu a aproximação da árvore. O acidente ocorreu em Jaboticabal, interior de São Paulo. O estudante chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.

Simon Almeida tinha apenas 19 anos e não viu a árvore que o atingiu mortalmente enquanto fazia uma selfie com o corpo para fora do carro/Reprodução EPTV

De acordo com a delegada Andreia Cristina Fogaça de Souza Nogueira, o caso foi registrado inicialmente como homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar, mas as condições psicomotoras da motorista do carro, de 21 anos, ainda devem ser confirmadas na análise do sangue coletado. A suspeita é que ela dirigia embriagada, segundo informação do portal G1.

De acordo com boletim de ocorrência, a motorista e o passageiro estiveram em um bar antes do acidente, o que levantou a suspeita de que a mulher pudesse estar alcoolizada. O médico legista que a examinou não constatou embriaguez.

Pesquisadores estudam selfies

As mortes por selfies estão sendo estudadas por pesquisadores americanos, que estão desenvolvendo um aplicativo que promete ajudar a reduzir o preocupante número de pessoas que morrem a cada ano tirando selfies. O aplicativo, ainda em fase de testes, segundo informação do portal BBC, irá avisar quando as pessoas estão em situação em risco.

Eles esperam que o aplicativo seja capaz de identificar quando alguém está tirando uma foto em um ponto alto, perto de trilhos de trem ou em outras situações perigosas e alertá-los sobre um possível risco. Isso seria feito por meio de uma combinação de serviços de localização e reconhecimento de partes de imagem que sugerem um local inseguro.

No estudo, os pesquisadores apontam que o número de pessoas que morrem fazendo selfies está aumentando no mundo. Em 2014, foram 15 mortes; em 2015, foram 39, número que subiu para 73 apenas nos oito primeiros meses de 2016. O estudo, conduzido pelo estudante de doutorado Hemank Lamba e por uma equipe de amigos da universidade de Carnegie Mellon em Pittsburgh, nos Estados Unidos, também mapeia os locais e causas das mortes, em vários lugares do mundo.

O primeiro registro (de uma fonte confiável) de alguém que morreu por causa de uma selfie é de março de 2014. Desde então, Hemank e sua equipe de pesquisadores descobriram que o país com o maior número de registros de mortes causadas por selfie é a Índia.  As duas mortes ocorridas no Brasil deverão entrar para as estatísticas de Hemank Lamba.

Veja alguns exemplos de selfies perigosas

Russo Kirill Oreshkin posta fotos em cima de edifícios e tem quase 18 mil seguidores/Foto:BBC

 

A lógica que move este tipo de selfie é: quanto mais alto, maior será o numero de curtidas/ Foto: reprodução BBC

Da Redação

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