‘Menino do Acre’ nega estratégia de marketing mas não revela onde esteve

Bruno Borges ficou fora de casa durante quatro meses e 14 dias.

O estudante de psicologia Bruno Bruno Borges, de 25 anos, o “menino do Acre”, retornou na sexta-feira para a casa de seus pais, em Rio Branco, mas não revelou o que todos queriam saber: onde ele ficou durante os quatro meses e 14 dias em que permaneceu “desaparecido”. Em entrevista neste domingo, 13, ao programa “Fantástico”, da TV Globo, ele disse que não iria revelar o local onde ficou, nem como se manteve durante todo esse tempo.

A única pista que deu foi de que esteve isolado .“Estive em meio à natureza. O que posso dizer é que eu estava isolado, não tive acesso a nada, senão ia quebrar todo o meu objetivo. Busquei o isolamento para não ser atrapalhado pelo coletivo. Toda parte do isolamento eu não vou falar”, afirmou na entrevista. Segundo texto produzido pelo repórter da TV Globo, durante a entrevista ele repetiu 21 vezes que o objetivo de seu sumiço era “adquirir conhecimento”.

Bruno Borges saiu de casa no dia 27 de março deste ano, sem dar nenhuma explicação aos pais ou parentes. Deixou 14 livros escritos à mão e criptografados. O primeiro livro foi publicado mês passados e está na 20ª posição entre os mais vendidos na categoria não-ficção. Parte do livro estava escrito em paredes e no teto do quarto de Bruno, na casa de seus pais.

Antes de sumir, Bruno Borges  deixou também formalizado um termo de compromisso para a a divisão do lucro que seria obtido com a venda do livro: 19% seriam divididos entre dois amigos, 15%, com um primo, 5% com a editora e 61% seriam destinados à sua própria família, que foi quem arcou com os custos da publicação.

A existência desse termo de compromisso, configura, segundo o delegado Alcindo Souza Júnior, que também foi entrevistado pela reportagem do “Fantástico”, que o desaparecimento de Bruno Borges foi uma jogada de marketing para a promoção do livro. No entanto, segundo o delegado, nenhum crime foi cometido por ele ao decidir sair de casa.

Bruno Borges retornou na manhã da última sexta, 11, às 5h20. Ele tocou a campainha de sua casa, mas, como ninguém atendeu, ficou esperando por mais de uma hora, até que o pai apareceu, abraçou-o e o levou para dentro. Na entrevista ao “Fantástico”, Bruno Borges disse que não se arrependia do desaparecimento, mas apenas de não ter informado à família sobre o que estava pretendendo fazer. “De me isolar, não me arrependi. Mas não ter avisado é umas das coisas que mais me arrependi em toda a minha vida. Foi um grande erro que eu cometi em não ter avisado àquelas pessoas que têm um carinho muito especial por mim”, afirmou Bruno Borges.

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