Mulher manda matar a mãe idosa para ficar com herança; neto e genro sabiam de tudo

Reprodução/StreetView

A Polícia Civil concluiu as investigações relacionadas ao assassinato de uma idosa de 70 anos ocorrido em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, no início deste ano. Segundo a corporação, foi a própria filha da vítima, uma mulher de 42 anos, quem encomendou a morte dela. Ela queria ficar com a herança da mãe e teria contado com a ajuda do marido, de 48 anos, e do filho, de 16, para planejar o crime. Os três estão foragidos, mas os dois homens apontados como os executores da idosa estão presos. Eles têm 25 e 28 anos.

Conforme explicou o delegado responsável pelas investigações, Rodrigo Otávio Rodrigues, os suspeitos tentaram simular um cenário de suicídio. No entanto, a Polícia percebeu, no local do crime, uma série de características incompatíveis com o suposto autoextermínio. Durante exame de necropsia, ainda foram encontradas no corpo da vítima diversas lesões externas e internas, tais como três costelas quebradas e um ferimento contuso na cabeça, que resultou em uma hemorragia.

De acordo com as investigações, a idosa foi morta por razões financeiras, visto que a vítima havia acabado de receber a herança deixada pelo pai, no valor de R$ 200 mil. Além disso, ela possuía um patrimônio de valor considerável.

Segundo levantamentos, desde 2016, a filha dela e o marido passavam por problemas financeiros. Há informações ainda de que a idosa teria posto fim à regalia da filha, que vinha se apropriando de benefícios previdenciários dos pais. Tais fatores poderiam ter incentivado a prática do crime.

Dinâmica do crime

No dia dos fatos, por volta das 22h, o neto da vítima teria acompanhado os executores até a casa da avó e facilitado a entrada deles na residência da idosa. Enquanto o adolescente conversava com a avó, a fim de distraí-la, um dos suspeitos a atingiu na cabeça, dando início a uma série de agressões contra ela. Em seguida, os suspeitos simularam o suicídio da vítima, por meio de um enforcamento, o que foi, posteriormente, contradito pelas provas periciais. Levantamentos apontam que os executores receberam, cada um, a quantia de R$ 500 reais para cometer o crime.

O delegado ainda chama a atenção para o fato de que “a filha levou o pai, de 80 anos e portador de Alzheimer, para um sítio, deixando a mãe sozinha em casa para que os autores entrassem na residência e cometessem o crime. Cerca de cinco meses após o indiciamento dos suspeitos, esse senhor também morreu, com grande suspeita de que a filha tenha participação nesse crime”.  O caso está sendo investigado pela Polícia Civil em Dores do Indaiá, local de ocorrência do fato.

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