Investigações realizadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apontam que a prefeita de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Roseli Ferreira Pimentel (PSB), está ligada diretamente à morte do jornalista Maurício Campos Rosa. De acordo com a PCMG, publicações que eram feitas no jornal “O Grito” sobre Roseli foram motivadoras para o assassinato.
Conforme explicou o delegado que coordenou o inquérito, César Matoso, a prefeita teria ordenado o crime após ter sido chantageada pela vítima. Maurício, que era aliado de Roseli, ameaçou inverter a linha editorial do jornal, divulgando críticas à gestão da então candidata ao cargo de prefeita.
As investigações apontaram que Roseli desviou R$ 20 mil dos cofres públicos para executar o jornalista. Essa verba seria destinada à Secretaria de Saúde. Para obter o valor, ela fez uma manobra alegando que compraria mamão. Por isso, emitiu uma fatura com esse objetivo através da Secretaria de Educação do município.
A prefeita contratou um homem para matar o jornalista após as ameaças contra ela se intensificarem, segundo as investigações. No dia do crime, uma reunião foi agendada na casa do principal suspeito de ter matado o jornalista. Ao final do encontro, Maurício foi atingido por cinco disparos de arma de fogo.
Roseli foi presa na última quinta-feira (7) após ser apontada como a mandante e financiadora da morte do jornalista. Além dela, foram presos outros três suspeitos de envolvimento no crime. Um quarto envolvido ainda não foi localizado pela polícia.
Os presos irão responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e com recursos que dificultaram a defesa da vítima. A prefeita também responderá pelo crime de peculato em virtude do desaparecimento dos pertences que estavam com a vítima no dia do homicídio.
Da PCMG