A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (13) suspeitos de estarem envolvidos em uma quadrilha que utilizava nomes de pessoas mortas ainda quando crianças para fraudar a Previdência Social. Uma das prisões aconteceu em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com as investigações, a quadrilha cadastrava o nome da pessoa falecida no INSS e realizava recolhimento à Previdência Social. Como os valores eram próximos ao do teto de contribuição era criado a condição de segurados. Após essa etapa, eles simulavam a morte dos indivíduos e requeriam junto à previdência o auxílio de pensão por morte.
O prejuízo já causado pela quadrilha aos cofres da União ultrapassou R$ 2 milhões. Com a desarticulação do grupo criminoso e a suspensão dos benefícios por ele fraudados, evitou-se um prejuízo de aproximadamente R$ 15,6 milhões.
As buscas e apreensões foram decorrentes da Operação Álibi que teve parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda. No total foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e seis de prisão temporária.
Além de Betim as prisões aconteceram nas cidades de Nova Viçosa com dois presos, Teixeira de Freitas onde três suspeitos foram encaminhados pela PF, e um em Porto Seguro e no Rio de Janeiro.
Um advogado figurava entre os líderes dos investigados, que responderão perante a Justiça por formação de quadrilha e por reiterada prática de estelionato em detrimento da Previdência Social. Esses crimes possuem penas que ultrapassam dez anos de prisão.
Da PF