Duas placas estranhas estão chamando a atenção de quem passa pela avenida Álvares Cabral e pela avenida João Pinheiro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Não se sabe ainda quem as instalou. Os dizeres são: “Você é a chave”, em frente à avenida Álvares Cabral, 560, no bairro de Lourdes; e “Faz toda a diferença”, na avenida João Pinheiro, próximo ao número 495.
Não se sabe como as placas foram instaladas. Um comerciante que tem loja próximo à avenida Álvares Cabral disse que não sabia quando a placa foi colocada lá, mas ressaltou que, independentemente disso, o fato é que ela é assunto no local onde trabalha. “O povo pergunta o que é, mas não sabemos quem colocou e nem com que propósito”, conta.
Não foi a primeira vez
Essa não foi a primeira vez que placas misteriosas apareceram na paisagem belo-horizontina. Em julho último, uma placa com o escrito “Esqueça o Futuro” chamou a atenção de quem passava pela avenida Álvares Cabral na esquina com a rua Timbiras, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Não se soube quem instalou a placa, que foi retirada pela Prefeitura.
No dia 25 de maio de 2013, uma placa anunciando a obra de renaturalização (retirada da cobertura) do Córrego do Leitão foi colocada na rua Padre Belchior esquina com avenida Augusto de Lima, na região Central de Belo Horizonte. Embaixo da rua Padre Belchior passa o córrego do Leitão.
A placa trazia uma imagem de como ficaria o córrego do Leitão quando a obra fosse concluída. Tinha as marcas da Prefeitura de Belo Horizonte e também do governo federal, dando a indicar que tratava-se, realmente, de uma obra real. Mas não era. Era um protesto contra os projetos da prefeitura de Belo Horizonte de canalização dos córregos que cortam a Capital.
Por ser uma placa “clandestina”, ou seja, não autorizada pela Prefeitura, foi retirada três dias depois. Além de retirar a placa, a Prefeitura anunciou que procurava os responsáveis por desrespeitar o Código de Posturas (multa: R$ 238,49), enquanto Polícia Federal abriria um inquérito para investigar os autores da “brincadeira com obra fictícia” por uso indevido das logomarcas do governo federal e dos ministérios. A criminalização e a multa deram mais visibilidade para a questão. Nas redes sociais, foram centenas de manifestações de apoio aos autores. Chegou a ser organizada uma vaquinha online para cotizar a multa.
