O fechamento do Minascentro, localizado na região central de Belo Horizonte, para reforma ainda terá alguns capítulos pela frente visto a resistência de lideranças para manter o espaço aberto na capital. Em reunião realizada, na tarde dessa quinta-feira (21), na sede da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (Abih-MG), os vereadores da capital mostraram que são contrários ao fechamento do espaço da forma que o governo do Estado deseja. Além disso, foram apresentados os impactos que serão causados ao turismo de negócio com a não realização de eventos.
A presidente da Abih-MG, Érica Drumond, ressaltou a importância do turismo de negócio para as cidades. Para tal, exemplificou Las Vegas e a mudança ocorrida na cidade, que antes tinha os jogos de cassino como forma de atrair e manter as pessoas na região. “Essa forma de turismo é lucrativa para diversas cidades espalhadas pelo mundo e em BH não é diferente. Por isso não podemos concordar com o fechamento do Minascentro que é o espaço que atrai público para nós”, afirmou.
A não realização de eventos no Minascentro afeta uma série de pessoas, desde funcionários do espaço a empresários da hoteleira e serviços diversos. O vereador e líder de governo na Câmara Municipal, Léo Burgês (PSL), ressaltou a importância dos vereadores estarem unidos nessa causa. Segundo ele, com a não vinda de eventos pra BH, diminui o número de turistas na capital e isso se reflete na baixa procura por hotéis. Tanto que em dois anos foram fechados 20 unidades. Além disso, o preço da diária está, segundo Léo Burguês, diminuindo consideravelmente. Antes havia diárias na casa de R$ 300 e agora estão em R$ 130.
Léo Burguês também ressaltou que, com o fechamento do Minascentro, haverá a desconstrução da credibilidade do espaço, que foi consolidada durante anos “graças ao empenho dos profissionais que por ali passaram”.
O documento produzido pelos vereadores conta com a assinatura de 38 dos 41 ocupantes das cadeiras da Câmara. Érica espera que o governador o leia com cautela e acima de tudo, reflita. “Pimentel conhece a área do turismo e nós estamos abertos ao diálogo com o governo. Continuaremos nossa luta para que o espaço não feche em nenhum dia”, conclui.
Codemig diz que reforma é estruturante
Procurada pelo Bhaz para comentar a nota dos vereadores, a Codemig ressaltou que a reforma a ser feita no Minascentro é estruturante, razão pela qual não será possível executá-la concomitantemente à realização de eventos no local. Serão realizadas intervenções nos sistemas hidráulico, de energia e de ar condicionado, bem como no telhado, a partir de janeiro de 2018.
O objetivo, segundo a Codemig, é garantir segurança, conforto e bem-estar aos usuários, além da adequada manutenção estrutural do edifício e a preservação do empreendimento, estando o processo licitatório em fase de estudos. Em função disso, informa a Codemig, os eventos agendados até dezembro de 2017 que não puderem ser realocados para o Expominas ou outros locais, sem nenhum custo adicional para os organizadores, poderão ser realizados no Minascentro, até esta data