Presidente do Comitê Olímpico Brasileiro é preso; suspeita de compra de votos para Rio 2016

Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e Leonardo Gryner, diretor-geral do Comitê Organizador Rio 2016, foram presos na manhã deste quinta-feira (5) pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro.

Os dois são investigados em um suposto esquema de compra de votos para a escolha do Rio de Janeiro para ser sede dos jogos olímpicos realizados ano passado. A prisão do presidente do COB aconteceu enquanto ele estava em sua residência no Alto Leblon, zona sul da capital fluminense. Com isso, os bens dele e de Gryner estão bloqueados o que impede eles de continuarem atuando criminalmente ou na interferência da produção probatória.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos os de busca e apreensão nas casas e empresas de Nuzman e Gryner e a quebra de sigilo telemático.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, Nuzman ampliou seu patrimônio em 457%, sem indicação clara de seus rendimentos. Além disso ele manteve parte de seu patrimônio oculto na Suíça.

Em razão das proporções mundiais do fato, o MPF requer, ainda, pelos danos morais causados, o bloqueio do patrimônio de Nuzman e Gryner em até R$ 1 bilhão.

A Operação Unfair Play foi resultado do trabalho conjunto de cooperação internacional entre os órgãos do Brasil, da França, da Antígua e Barbuda, dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Segundo o MPF, documentos e provas revelam que uma organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral comprou o voto do presidente da Federação Internacional de Atletismo, o senegalês Lamine Diack, por US$ 2 milhões.

Nuzman e Gryner, considerado braço direito do presidente do COB, foram, segundo o MPF, figuras centrais no esquema, já que teriam sido os agentes responsáveis por unir pontas interessadas. Eles eram responsáveis por fazer os contatos e ajeitar as relações para organizar o mecanismo do repasse de propinas de Sérgio Cabral diretamente a membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI). Eles serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Da Agência Brasil

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