Polícia prende na região metropolitana quadrilha que sequestrou família de Goiás; adolescentes envolvidos

Após três dias de intenso trabalho investigativo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) conseguiu localizar um cativeiro e libertar duas vítimas de sequestro. Também foram presos quatro suspeitos, com idade entre 21 a 40 anos, e apreendidos dois adolescentes, de 13 e 17 anos. Também foram apreendidos uma metralhadora de fabricação caseira calibre 380, um revólver calibre 38, dois veículos, sendo um deles das vítimas e toucas usadas pelos investigados.

O desfecho das apurações ocorreu na noite desse domingo (15) em Matozinhos, desmantelando a organização criminosa que planejava a execução desse tipo de crime na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o delegado Felipe Freitas, as vítimas de 37 e 57 anos, são do estado de Goiás, e foram atraídas por um anúncio numa página da internet, em que estava à venda um trator. As conversas ocorreram por telefone, cerca de uma semana antes do encontro com o anunciante, que na verdade era um presidiário de 35 anos.

Na última quarta-feira (11), quando as vítimas chegaram até Pedro Leopoldo para verem a máquina e fechar o negócio, eles foram recepcionados pela mulher e um comparsa que ainda não foi localizado. “Primeiro, levaram para uma casa abandonada, onde já estavam outros envolvidos. Horas depois, foram para o segundo cativeiro, em Matozinhos. Um imóvel alugado pelos suspeitos, mas que não tinha mobília, apenas um colchonete”, detalha Freitas. Durante todo o tempo em que ficaram sob o poder dos suspeitos as vítimas eram ameaçadas, estavam em condições sub-humanas e chegaram a ser agredidas.

De acordo com o delegado, os investigados chegaram a subtrair pertences das vítimas, incluindo cartões bancários, e exigiram as senhas. Outra forma de obter vantagens foi obrigar as vítimas, sob ameaça, a ligarem para familiares, dizendo que haviam fechado negócio, e que depositassem a quantia em determinada conta.

O valor era de R$ 80 mil, como se fosse o pagamento pelo trator, que nunca existiu, e que o preço médio real seria em torno de R$ 140 mil. “As pessoas devem suspeitar de negócios muito bons”, alertou o Superintendente Márcio Lobato. “Essas vítimas passaram por situação de violência e o trauma persiste pela vida”, completou.

Felipe Freitas contou que, na sexta-feira (13), familiares chegaram a fazer o depósito, mas a organização não conseguiu retirar o dinheiro. Desconfiada da situação, a família acionou a Polícia Civil, que, imediatamente, começou a fazer levantamentos, utilizando ferramentas de inteligência e diligências em campo.

Os suspeitos serão indiciados por extorsão mediante sequestro, associação criminosa, posse de arma de fogo de uso restrito e de uso permitido, corrupção de menores e receptação, cujas penas somadas chegam a 38 anos de prisão.

Da PCMG

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