A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), deflagaram ontem, sexta-feira (20) a operação Luz na Infância, de combate à pedofilia. No total, em todo o país, foram 108 presos. Só em Minas, foram 14 mandatos de busca e apreensão. Houve, também, a prisão de nove suspeitos.
As ações ocorreram simultaneamente na capital, Ribeirão das Neves, Guaxupé, Itabira, Boa Esperança, Sete Lagoas, Juiz de Fora, Uberlândia e Ipatinga. Segundo a a Polícia Civil, ontem, todos os mandados foram cumpridos, não tendo ficado nenhum para ser cumprido hoje, sábado. Em Belo Horizonte foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e realizadas três prisões em flagrante. Em Guaxupé, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão com duas prisões, também em flagrante. Em cada uma das outras cidades-alvo da operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, com a prisão de um suspeito.
Para o chefe da Divisão Especializada de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente, Delegado Aloísio Daniel Fagundes, em Minas a Operação foi muito bem sucedida. “Estes tipos de crimes são de difícil identificação dos autores e exigem constantes monitoramentos, o que está sendo realizado pela PCMG. Os 14 mandados que tínhamos foram cumpridos e conseguimos prender nove suspeitos. O trabalho, em conjunto com as polícias do Brasil e os serviços de inteligência, foi fundamental”, afirmou.
Os alvos da operação foram identificados por meio de um levantamento de informações feito pela Senasp e pela Embaixada dos Estados Unidos da América no Brasil – Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement – ICE). a Polícia Civil instaurou inquéritos policiais e realizou buscas de computadores e outros dispositivos de informática, onde, normalmente, estão armazenados os conteúdos de pedofilia, além de indiciar e prender os criminosos.
Os crimes em que os suspeitos irão responder constam na Lei 11.829/2008, artigo 241-A, que trata da divulgação de fotografias, vídeos ou outros registros que contenham cenas pornográficas envolvendo criança ou adolescente. A pena é de três a seis anos de reclusão, além de multa. Na mesma lei, estão descritos também no artigo 241-B, que trata da armazenagem destes mesmos materiais, com penas de um a quatro anos e multa.
A PCMG por meio de nota, informou que “os pedófilos costumam ser pessoas adultas que têm preferência sexual por crianças pré-púberes ou no início da puberdade”.