Consumo de café cresce 3,5% ao ano no Brasil; o dobro da média mundial

Maick Hander/Bhaz

O café, além do arroz e feijão, pode ser considerado algo presente na cultura brasileira e um hábito quase inseparável. Vale a pena dedicar alguns minutinhos do dia para saborear a bebida. Nos últimos anos, a produção de café no Brasil tem aumentado, cada vez mais. Tanto para consumo, tanto para exportação. O aumento de consumo de café no mundo é de cerca de 1,5% ao ano. No Brasil, esse mesmo número alcança a casa dos 3,5 % ao ano.

Em Minas, se produz, atualmente, cerca de 25 milhões de sacas de café. Cerca de 3 milhões dessas sacas são representadas pelos cafés especiais, que tem caído no gosto dos brasileiros. Mas, você sabe a diferença do café comum para o especial?

Nessa sexta-feira (27), encerra-se a Semana Internacional do Café, realizada no Expominas, em Belo Horizonte. Nossa reportagem foi até o local para entender um pouco sobre o setor, os cafés e os novos hábitos de consumo do brasileiro.

Produção

Em 2016, o Brasil produziu cerca de 33 milhões de sacas de café. A expectativa é que, em 2017, esse número alcance a casa dos 30 milhões. Entretanto, a queda na exportação não quer dizer que o setor anda em baixa.

“Essa baixa significa que o produtor brasileiro está mais inteligente e não está entregando o café por qualquer preço. A qualidade no Brasil está aumentando e os países vão ter que entender isso e pagar mais pelo nosso produto. Além disso, está vindo menos navios para o Brasil, dificultando a saída de produtos. Se importa menos, exporta menos”, explica a diretora executiva da associação brasileira de cafés especiais, Vanúsia Nogueira.

Cafés especiais

Maick Hander/Bhaz

Minas Gerais, é responsável por cerca de 52% de toda a produção, exportação e consumo de café no Brasil. Daqui, saem grande parte dos cafés conhecidos como especiais.

Segundo o diretor da Faemg presidente da comissão nacional do café da CNA, Breno Mesquita, não existe diferença entre os produtos. “Todo café que sai da árvore tem qualidade. O grande diferencial do café especial é a colheita e o processo de produção. A mágica é essa. Todo o processo de colher, transportar, secar e torrar. O que difere um café do outro é o cuidado que o produtor brasileiro aprendeu a ter”, explica.

“O processamento do café realça o sabor. Não é fácil, mas o resultado é um sabor diferenciado. Café é paixão, o melhor do mundo é o que gostamos. O brasileiro está começando a tomar café de mais qualidade, quem toma coisa boa, repete”, explica o diretor que também é produtor.

Ao longo da feira experimentamos diversos cafés, dentre eles, os comuns e os especiais. É possível notar a diferença no sabor. Geralmente, os especiais se diferem pelo tom do grão, pelo sabor e pelo aroma. Alguns, nem precisam de açúcar, por ser mais suave. Outros são mais amargos. O que difere os comuns é a acidez e as misturas possíveis. Desde leite até frutas.

Diretor da Faemg presidente da comissão nacional do café da CNA, Breno Mesquita (Maick Hander/Bhaz)

Preço

Alem do preço, claro. Em média, um café comum custa R$ 430,00 a saca. Já o especial não é vendido por menos de R$ 700,00 e o valor máximo podendo chegar à casa dos mil reais.

Para o consumidor, o preço também é evidente. O saco comum com 500 gramas custa em torno de R$ 12,00 a R$ 15,00. Já os especiais custam de R$ 25 a R$ 30 reais meio quilo.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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