2º Festival Giro Brasil aproxima Pará e Minas tem ingressos a partir de R$ 10 neste sábado

Dona Onete, Felipe Cordeiro , Jaloo e Strobo são os destaques do Pará

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O festival Giro Brasil segue firme na premissa lançada pelo poeta Vinícius de Moraes ao afirmar que “a vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. No dia 11 de novembro, Belo Horizonte recebe a segunda edição do festival. Desta vez, ele será realizado no Mercado Distrital do Cruzeiro. Com a proposta de reunir representantes musicais de dois estados em uma mesma noite, esta edição promove o encontro entre Minas Gerais e Pará. O Giro Brasil tem ingressos a preços populares (R$ 20 – inteira e R$ 10  a meia-entrada).

Pará

Conhecida como a Rainha do carimbó chamegado, a cantora paraense Dona Onete é uma das atrações confirmadas. Ela apresenta canções do disco de estreia Feitiço Caboclo (2013) e do mais recente (e elogiado) Banzeiro (2016). Na ocasião, ela conta com a participação do cantor, compositor e guitarrista conterrâneo Felipe Cordeiro, que ajudou a cena paraense a se projetar nacionalmente.

Também do Pará, o duo instrumental STROBO é outro nome garantido na programação e mostra que a cultura paraense não se resume ao carimbó. Fruto da revolução digital, o grupo formado por Léo Chermont (guitarra e efeitos) e Arthur Kunz (bateria e programações) – chega a BH com a sua guitarrada, um som oitentista com pegada eletrônica. A ideia é fazer música para o corpo sem esquecer de entreter a mente.

Encerrando a leva de Pará, o produtor, cantor e compositor Jaloo, uma das melhores amostras da cena contemporânea de lá. Já tentaram rotulá-lo de várias formas, mas, a cada atribuição nova, ele despe-se do rótulo  para seguir uma caminhada própria e muito autoral. Jaloo agita a pista com faixas do primeiro disco da carreira, #1 (2015), responsável por sucessos como “Last Dance” e “Chuva”.

Minas Gerais

O Estado de Minas Gerais, por sua vez, é representado pelo cantor e compositor Matheus Brant.  Fundador de um dos principais blocos de Carnaval de BH, o Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro, ele parte do pagode, do axé e do arrocha para flertar com o indie. Na ocasião, Matheus mostra faixas do disco Assume Que Gosta (2016) e recebe a participação especial do violonista, compositor e produtor Renato Rosa. A parcela mineira fica completa com a presença da Palomita DJ, que abusa de ritmos e misturas e é residente da festa Só Te Digo, Vai.

A primeira edição do Giro Brasil ocorreu em maio deste ano, quando reuniu Baiana System (BA), Lucas Santtana (BA), Di Souza (MG) e DJ Thiagão (MG) em um encontro Minas + Bahia. “A experiência que tivemos na estreia resultou em uma noite extremamente dançante. Quisemos manter a mesma energia na segunda edição e pensamos que nada seria melhor do que buscar a riqueza cultural do norte do país”, diz a idealizadora do festival, Fernanda Alves. “Além disso, a música paraense, que demorou a ser descoberta, vive um ótimo momento. É uma alegria poder juntar no mesmo palco desde artistas de música instrumental, como a duo Strobo, à rainha do carimbó chamegado, Dona Onete”, completa.

O Festival Giro Brasil é viabilizado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio da Claro NET.

Artistas

Dona Onete (PA)
Considerada a musa da nova geração da música paraense, é a criadoria do “carimbo chamegado”, estilo que mistura o balanço do carimbó com calor e sensualidade. Aos 77 anos, Dona Onete participou de importantes grupos folclóricos, como o “Raízes do Cafezal”, e do grupo pop com raízes regionais “Coletivo Radio Cipó”, além de interpretar, em 2011, uma cantadora de carimbó no filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, estrelado por Camila Pitanga.

Felipe Cordeiro (PA) 
Com dois álbuns independentes lançados, o músico paraense traz em suas composições referências do rock, jovem guarda, guitarrada, vanguarda paulista, carimbó, cumbia e música digital. Com apresentações pulsantes e envolventes, apresenta um repertório cheio de lirismo, balanço e originalidade, afirmando-se como um dos nomes relevantes do cenário autoral brasileiro.

Jaloo (PA)
Artista e produtor musical, o paraense Jaloo demonstra suas inspirações artísticas em Björk, Grimes e no estilo tecnobrega do Pará, em suas canções ricas em sonoridade e ritmo. Sua assinatura musical conjuga as composições autorais com trabalhos performáticos envolventes e de produções coloridas, repletas de texturas e com estética apurada.

Matheus Brant (MG) 
Criador do “Me Beija Que Eu Sou Pagodeiro”, um dos principais blocos do carnaval da capital mineira, e com passagens por grupos de samba da cidade,como  “Chapéu Panama”, Matheus Brant traduz em musicalmente sua experiência na folia mineira. Inspirado por músicas populares e sonoridades essencialmente brasileiras, o artista se destaca como uma das referências à cena musical mineira.

Palomita DJ (MG)
Produtora e música, Palomita DJ é residente da festa “Só te Digo, vai!”, em que populariza a música paraense dentro do estado Minas Gerais, além de chefiar a produção do Baile da Palomita. Com músicas ecléticas, a artista trabalha suas canções e mixagens a partir das sensações e do clima formado em suas festas, garantindo o ambiente mais envolvente possível para o público presente. Já participou de importantes eventos culturais de Belo Horizonte, como o Savassi Festival, a Virada Cultural promovida pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o Festival Transborda, a Festa Transa e o Baile Brasileiro.

Renato Rosa (PA/MG)
Renato Rosa é compositor, violonista e interprete brasileiro, nascido em Bragança (PA) e radicado em Belo Horizonte desde 1994. Iniciou sua carreira musical no início dos anos 2000 como vocalista e compositor do grupo Chapéu Panamá. Após a sua saída do grupo, Renato passou a privilegiar o trabalho de composição, tendo produzido inúmeras canções e peças instrumentais com seus parceiros, dentre eles Fernando Brant, Carlos Bolão, Flávio Medeiros, Matheus Brant, Bruno Cunha, dentre outros.

Strobo (PA)
Com três álbuns no currículo e trabalho autoral que mistura sonoridades instrumentais a composições pops, a dupla Strobo, formada por Léo Chermont e Arthur Kunz, traduz gêneros musicais variados para seus ritmos dançantes, adaptando-os com os sons das cordas de guitarra de Chermont aos ritmos apurados de Kunz.

Serviço

Festival Giro Brasil – Edição Minas + Bahia
Quando? Sábado (11), às 21h
Onde? Mercado Distrital do Cruzeiro (R. Ouro Fino, 452 – Cruzeiro)
Ingressos? Sympla | R$20 – inteira e R$10 – meia-entrada
Classificação: 18 anos

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).