Presidente da Assembleia Legislativa do Rio se entrega à Polícia Federal

O presidente da Alerj, Jorge Picciani, entregou-se ontem à tarde à Polícia Federal

Os deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, se entregaram à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (16). Eles tiveram ordem de prisão preventiva expedida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), indiciados na Operação Cadeia Velha. A operação foi deflagrada na terça-feira (14) pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) e investiga o uso dos cargos públicos para corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, em combinação com as empresas de ônibus.

O primeiro a chegar à Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá, foi Picciani, pouco antes das 17h. Em seguida, cerca de 15 minutos depois, chegou Paulo Melo. Albertassi se entregou às 17h55. O três serão levados, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), para Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, onde já está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos envolvidos nos desdobramentos da Lava Jato fluminense.

Às 18h30, os três seguiram em comboio da PF para realizar os exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal para depois serem conduzidos ao sistema prisional. A Alerj, por meio de sua assessoria, informou que haverá convocação em caráter permanente, a partir de amanhã, inclusive durante o sábado e domingo, para a sessão que vai deliberar sobre a prisão ou soltura dos três deputados.

Advogado discordou da prisão

O advogado Nélio Machado, que defende o presidente Jorge Picciani, discordou da ordem de prisão. “Considero que foi uma decisão incorreta, do ponto de vista constitucional. Os tribunais acertam e erram. Eu acho que o tribunal errou. Ele não pode decretar uma prisão preventiva, ele pode, num caso de flagrante ou prisão, comunicar imediatamente. Criou-se uma situação anômala, que não tem previsão clara na lei de regência, nem na Constituição Federal nem na Constituição do Rio de Janeiro”, afirmou Machado.

A procuradora do MPF Silvana Batini, que atuou no julgamento, disse esperar que a Alerj mantenha a decisão da Justiça. “Todos nós, como cidadãos fluminenses, esperamos que os representantes da sociedade atendam os interesses públicos para os quais eles foram eleitos. Esperar uma postura de cidadania, uma postura republicana, voltada para o acatamento da decisão”, disse Batini.

Segundo ela, a decisão dos desembargadores demonstrou coragem da Justiça e responde aos anseios da sociedade fluminense. “Esta é uma decisão histórica, importante, absolutamente necessária, porque o enfrentamento da criminalidade organizada no Rio de Janeiro precisa de decisões corajosas. Estamos hoje contentes com esta decisão, porque ela atende aos reclames da sociedade”.

Da Agência Brasil

Marcelo

Marcelo Freitas é redador-chefe do Bhaz

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