Amigo de professor da UFMG morto a facadas em ônibus desmente versão do assassino

Professor foi morto a facadas, na última quinta-feira

O professor de medicina da UFMG Apolo Heringer-Lisboa utilizou as redes sociais para desmentir a versão do crime que fez vitimou seu amigo, o também professor Antonio Leite Alves Radicchi. Ele foi morto a facadas nessa segunda-feira (13) enquanto ia para o trabalho de ônibus.

Alguns veículos de comunicação (inclusive o Bhaz) chegaram a noticiar que a vítima e os criminosos se conheciam. E que o início da confusão seria uma briga em um bar, mesmo com a família negando que “Toninho”, como era conhecido Radicchi, frequentasse bares. Confira trechos do relato do professor Apolo Heringer-Lisboa, amigo da vítima:

“Não bastasse a humana execução pelas mãos de um sicário que o acaso lhe colocou no trajeto ao local de trabalho, as grandes mídias divulgaram a versão estudada do bandido, a primeira que obtiveram junto à polícia. Sem se darem ao trabalho, ainda que sumário, de uma consulta investigativa, produziram uma notícia com ampla divulgação, que representou um segundo assassinato, que a família, colegas de trabalho e amigos tiveram que suportar e estão tentando desmentir boca a boca e redes sociais”, diz Apolo em sua postagem.

Apolo ainda utiliza a postagem para divulgar uma possível ficha criminal do suspeito da morta de Radicchi. “Veja o perfil do criminoso. Experiente no crime, após o latrocínio ele saiu do ônibus onde deixou um médico todo esfaqueado à morte, indo direto a um posto do SUS nas proximidades, tentando obter um atestado que o tirasse do local do crime naquele horário. Reconhecido por duas senhoras que passaram mal no ônibus, fugiu. Havia saído da cadeia em setembro, mesmo ainda tendo tempo a cumprir”, afirma. Confira o relato na íntegra:

Familiares, amigos e a comunidade acadêmica despediram-se do professor Antônio Leite Radicchi, nessa terça-feira (14), no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na região central da capital.

Policiais militares localizaram o casal envolvido no crime. O homem confessou a ação, mas negou que o motivo para matar Antonio fosse o assalto. Segundo ele, a razão do crime seria vingança. Ele contou aos militares que, na última semana, estava em um bar na rua Jacuí, quando teria sido agredido pelo professor. O suspeito disse ter levado uma garrafada. A mulher que o acompanhava alegou ter descido do ônibus momentos antes do crime e que não havia presenciado o ocorrido. No entanto, os dois foram detidos e levados para uma Central de Flagrantes da capital. O crime será investigado pela Polícia Civil.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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