Os três suspeitos acusados de matar a estudante universitária Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, irão a júri popular no próximo dia 4 de dezembro. O crime aconteceu em outubro de 2015, na cidade de Extrema, na região Sul de Minas. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), a jovem foi sequestrada na rodoviária da cidade enquanto se dirigia para a faculdade onde estudava, em Bragança Paulista (SP).
Os três réus, um comerciante da cidade, um garoto de programa e uma técnica de enfermagem teriam cometido o sequestro. A jovem foi levada para a casa do comerciante, onde foi morta. Logo após, o corpo foi enrolado em um saco plástico e levado a uma área de mata da cidade. Os réus teriam jogado o corpo da jovem do alto de uma ribanceira.
Ainda segundo a denúncia, Larissa foi encontrada amarrada pelos punhos e tornozelos e teve a cabeça enrolada com fita adesiva. A morte teria ocorrido por asfixia. Entretanto, a jovem também apresentava fraturas no punho, osso hioide (mandíbula) e maxilar. As lesões teriam sido provocadas por golpes de peso de academia.
De acordo com o MP, o comerciante assumiu ter planejado a morte de Larissa. A suspeita seria o fato dele ter interesse no namorado dela, que também é alvo de investigação pelo crime.
O namorado da jovem trabalhava como modelo e chegou a desfilar para a loja do comerciante. Ele nega participação, mas chegou a ser preso. Entretanto, ele deixou o presídio porque a Justiça entende que ele não apresentava risco às investigações. Os outros acusados continuam presos.
O garoto de programa, por sua vez, teria sido motivado a assassinar a jovem para receber R$ 1 mil. Já a técnica de enfermagem, apenas porque o comerciante pediu a ajuda dela no crime.
O julgamento acontecerá a partir das 9 horas, na Comarca de Cambuí, para onde o processo foi desaforado. O julgamento será presidido pela juíza Patrícia Vialli Nicolini, e a previsão é que se estenda por três dias. Os réus estão presos em Extrema, Pouso Alegre e Caxambu.