Café, queijos e vinhos são temas de ciclo de debates na ALMG; Estado exporta R$ 7,4 bilhões

Queijo artesanal foi premiado em concurso mundial na França

O investimento em pesquisa e tecnologia são um dos fatores que tem contribuído para o reconhecido dos produtos artesanais mineiros por todo o mundo. A informação está sendo comprovada no Ciclo de Debates Produtos Especiais dos Campos de Minas que teve início, nesta quinta-feira (30), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Dentre os produtos com destaque estão: café, queijos, vinhos, azeites e mel.

Para o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapemig), Evaldo Ferreira Vilela é preciso comemorar os avanços obtidos no mercado de produtos especiais, mas ainda há muito potencial para crescimento. Na abertura do evento, ele fez uma palestra magna sobre o cenário da agropecuária mineira.

Ele lembrou que, há 40 anos, o Brasil importava a maior parte dos seus alimentos, assim como tecnologia de produção. “Hoje, somente Minas Gerais exporta R$ 7,4 bilhões em produtos agrícolas. Isso se dá graças à pesquisa aplicada à agropecuária”, afirmou. O presidente ainda destacou que o crescimento do setor no Estado é sustentável e, ao longo das décadas, promoveu uma queda real de 70% no preço dos alimentos. Para ele, é necessário valorizar os produtos especiais, que são premiados em todo o mundo.

“O empreendedorismo do agricultor mineiro faz a diferença. Nossos desafios passam por agregar valor aos produtos, por meio de tecnologia, e novos negócios com as startups”, completou. O Ciclo de Debates continua nesta sexta-feira (1º) e a programação completa pode ser conferida clicando aqui.

Queijos artesanais destacam por todo mundo

Conquistar o mundo não foi tarefa fácil para o queijo artesanal mineiro. Isso, pois no início do século XXI a produção era pequena além de precária. Sem falar nas condições sanitárias que não possuíam garantias e do baixo valor de mercado. Porém, o cenário atualmente é outro e tudo começou em 2012. Neste ano teve o movimento que resgatou e valorizou a produção artesanal. Destaque para a primeira lei estadual específica sobre o produto no País (Lei 20.549). “Isso deu início a um processo de reconhecimento por parte dos mercados brasileiro e mundial. Hoje existem sete microrregiões produtoras no Estado”, relata o superintendente de Agroindústria da Secretaria de Estado de Agricultura, Gilson Sales.

O gestor entende que o clima mineiro permite uma diversidade de queijos semelhante à da França. Por isso, defendeu a criação de condições para que haja inovação e, ao mesmo tempo, a manutenção do tradicional do queijo minas artesanal. “As pesquisas em tecnologia são recentes e datam do início dos anos 2000. Temos que estimular as escolas e instituições que investem em pesquisa e construir uma legislação moderna, que garanta o crescimento do mercado”, pontuou o gestor.

O queijo minas artesanal é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Há estimativas de que a atividade gera renda e emprego para cerca de 30 mil famílias em mais de 600 municípios mineiros.

Em junho deste ano, 11 produtores mineiros foram premiados no concurso mundial de queijo realizado no Salão Internacional do Queijo, na França.

Da Redação Bhaz, com ALMG

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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