Preço alto e longas filas testam a paciência dos motoristas em BH e região

Preço alto e falta de combustível testam a paciência da população em BH e região

Motoristas de Belo Horizonte e região metropolitana tiveram que ter na noite dessa sexta-feira(8) e na manhã deste sábado muita paciência para enfrentar longas filas nos postos de combustíveis. A situação foi provocada pela greve promovida pelos transportadores de combustível – os chamados tanqueiros – que paralisaram suas atividades na quinta-feira (7), quando não foram as bases fazer os carregamentos.

“É um absurdo. Além de pagar mais de R$ 4,19 no litro, você ainda tem que ter paciência para enfrentar uma fila por falta de combustível. Eu sempre fico esperando, onde a coisa vai piorar ainda mais. Estou aqui há quase meia hora”, desabafou o corretor de seguro, Antônio Carlos Silveira, enquanto aguardava para abastecer o carro no Posto Pica Pau, na avenida do Contorno, na região do Barro Preto. “Já passei por três postos, e vou tentar abastecer neste. Espero que consiga, se não como vou trabalhar hoje? É uma total falta de respeito”, comentou o Uber José Silvério dos Reis, que buscava atendimento em um posto da avenida Sinfrônio Brochado, no Barreiro.

De acordo com a assessoria de imprensa do Sindicato dos Transportadoras de Combustível e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque), após uma reunião de emergência entre representantes da entidade com o governo do Estado e com as distribuidoras,a greve chegou ao fim na noite da sexta-feira (8). Mas devido ao horário não seria mais possível normalizar o abastecimento nos postos. O que será feito durante o sábado, informou o presidente do Sindtanque, Irani Gomes.

O motivo da paralisação

Segundo informou o presidente do Sindtanque, os tanqueiros protestam contra a elevada carga de impostos sobre os combustíveis, principalmente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “A carga tributária está pesando demais e eles querem que o governo Federal e também do Estado desistam dos reajustes nas alíquotas sobre os combustíveis”, explicou Gomes, afirmando que a paralisação teve adesão de 100% da categoria.

Para discutir a situação, uma reunião foi agendada para a próxima semana entre o governo e o Sindtanque. “Vamos pressionar para reduzir o ICMS dos combustíveis e deixar claro ainda nossa insatisfação com o aumento constante no preço da gasolina, diesel”, completou o presidente do Sindtanque.

Na reunião a categoria reivindicará ainda a revogação de um projeto de lei do governo Estadual que pretende aumentar a alíquota de combustíveis a partir de 1º de janeiro de 2018. Pela proposta do governo a alíquota referente à gasolina subiria de 29% para 31% e a do álcool aumentaria de 14% para 16%.

Gomes porém não descarta que novos protestam possam voltar a ocorrer após a reunião, se as partes não chegarem a um acordo.

Jefferson Lorentz

Jeff Lorentz é jornalista e trabalhou como repórter de pautas especiais para o portal Bhaz.

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