Corregedoria da Polícia Federal vai investigar operação contra reitores da UFMG

Os reitores Jaime Arturo e Sandra Goulart foram conduzidos pelos agentes

O comportamento dos agentes que atuaram na operação Esperança Equilibrista, que conduziu coercitivamente os reitores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Jaime Arturo Ramirez e Sandra Goulart Almeida, em Belo Horizonte, será investigado pela Corregedoria da Polícia Federal.

Os professores alegam que os agentes agiram com grosseria durante a ação, principalmente quando Jaime Arturo prestava depoimento. A operação investiga suposto desvio de recursos públicos para a construção e implantação do Memorial da Anistia Política do Brasil e foi realizada em seis de dezembro.

De acordo com a PF, mais de R$ 19 milhões já teriam sido gastos na construção e em pesquisas de conteúdo para a exposição. No entanto, acrescenta a PF, até o momento apenas a obra referente a um dos prédios estaria sendo feita e, mesmo assim, estaria inacabada. Ainda segundo os investigadores, quase R$ 4 milhões teriam sido desviados por meio de fraudes em pagamentos feitos pela Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), que foi contratada para fazer os estudos de conteúdo e a produção de material para a exposição.

A ação da PF foi criticada por parte de deputados, instituições e professores, e se transformou em um dos assuntos mais comentados. A UFMG recebeu diversas notas em apoio aos reitores, bem como em repúdio à operação.

A Universidade recebeu mensagens da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes), da Comissão da Verdade em Minas Gerais (Covemg), da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), da Unegro – Minas Gerais (União de Negras e Negros Pela Igualdade), do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies), entre outras entidades representativas.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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