Depois que atrizes e outras famosas usaram vestidos pretos no Globo de Ouro, em protesto contra o assédio sexual, a escritora Danuza Leão causou polêmica em sua coluna no jornal ‘O Globo’, nessa quarta-feira (10). A autora questionou os limites do que é assédio e ‘cantada’ e criticou a recente onda de denúncias de assédios.
Danuza escreveu em seu texto que “toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz”. Ele foi inspirado no manifesto francês, assinado por 100 mulheres, em defesa de que “os homens deveriam ser livres para flertar com as mulheres”.
O palavras da escritora teviram uma enorme repercussão negativa na web. Inclusive, o neto da escritora, o fotógrafo João Wainer, se posicionou sobre o assunto em sua conta no Instagram. Ele postou uma foto com os seguintes dizeres: “Minha vó tá maluca”.
Confira na íntegra o que a escritora, de 84 anos, escreveu em sua coluna:
“O que não está claro para mim é o conceito de assédio. É uma paquera? Avanços sexuais entre homens e mulheres começam sempre de um lado. Às vezes, o outro lado não quer, e isso é normal. Como definir?
Espero que essa moda de denúncia contra assédio sexual não chegue ao Brasil. O que aconteceu no Globo de Ouro me pareceu um grande funeral. Apesar dos vestidos lindíssimos, acho que aquelas mulheres (que foram à cerimônia de preto) foram muito pouco paqueradas e voltaram sozinhas para casa.
Não acho que as denúncias de assédio possam gerar uma ‘caça às bruxas’ porque são uma coisa ridícula, para começo de história. É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminoso. Mas isso é coisa de americano. Lá eles não têm noção de sexo. É ótimo passar em frente a uma obra e receber um elogio. Sou desse tempo. Acho que toda mulher deveria ser assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens”.
