Homem é agredido e expulso de bar após tirar satisfação por ‘passada de mão’ em sua amiga

Confusão ocorreu na madrugada de domingo

Um homem de 30 anos alega ter sido agredido dentro de um bar localizado na região Oeste de Belo Horizonte, após repudiar uma situação de abuso no interior do estabelecimento. O caso aconteceu na madrugada deste domingo (14) no Like Bar Steak House, na avenida Barão Homem de Melo.

A vítima da agressão, Wevert Rangel, utilizou o Facebook para denunciar o caso. Segundo a postagem, ele estava no bar comemorando o aniversário com parentes e amigos. “Estava tudo muito tranquilo e todos se divertindo muito. Em um determinado momento estava eu, minha cunhada e sua prima conversando na pista. De repente, um rapaz veio ‘passar a mão’ em minha cunhada”, conta.

Ele continua o relato dizendo que repudiou a ação do homem, fato que deu início às agressões. “Me direcionei ao rapaz pedindo para respeitá-la pelo fato de ela ser uma senhora casada. Pedi que ele não fizesse mais isto. Para minha surpresa, fui atacado com um soco no rosto e, imediatamente, os seguranças da casa viera me segurar. Ao invés de conter o agressor eles vieram e me seguraram, enquanto outros 2 rapazes deram andamento às agressões. Em resumo, fui agredido por 3 pessoas enquanto um segurança me segurava, impedindo que eu pudesse ao menos me defender”, diz.

Ele diz ainda que, depois de ser agredido, foi expulso do bar. “O segurança me pegou com uma ‘chave de pescoço’ e me arrastou brutalmente para fora da casa, como se eu fosse um marginal e causador da confusão”, afirma.

Registro demorado

Wevert Rangel conta que ficou indignado com o ocorrido e do lado de fora questionou aos seguranças  quanto à razão de ter sido expulso do local. Segundo eles, os seguranças responderam: “Pegue suas coisas e vá embora, pois ninguém mandou você se meter com policiais”.

Ele relata ainda que começou a fazer um vídeo por celular, mas, foi novamente agredido pelos seguranças, que tentaram tomar e quebrar seu celular para impedir a gravação.

A vítima ainda diz que acionou a polícia no local. Porém, os militares chegaram, conversaram com os seguranças e o orientaram a procurar a PM no dia seguinte, já que ele não sabia quem era os agressores. “Não registraram o boletim e, agora, não consigo avançar judicialmente na situação. Vou procurar a corregedoria da polícia para relatar o fato”, conta.

O Bhaz entrou em contato com a Polícia Militar na manhã desta segunda e, somente, no fim da tarde, conseguimos localizar a ocorrência. Questionamos sobre o modo de operação dos policiais e fomos informados, via assessoria, que o correto a ser feito pelos militares era registrar a ocorrência. Ainda segundo a PM, a vítima terá de reportar o caso à Corregedoria para que a situação seja apurada.

O Bhaz também contatou Wevert Rangel, tendo sido informado que ele havia ido à Corregedoria e se dirigia ao Instituto Médico Legal para realização de exames de corpo de delito.

Bar confirma agressões

Entramos em contato com o Like Bar e fomos informados que os seguranças do local retiraram a vítima de agressão do lugar por “questão de segurança”, já que estava sendo agredido por quatro indivíduos. “No momento de uma confusão de vias de fato, o segurança deve agir de forma rápida para cessar aquela briga, não deixando que coisas piores aconteçam”, disse a empresa em nota. O bar também ressalta que está à disposição para tentar identificar os agressores.

Confira a versão do bar sobre o ocorrido:

Ao que parece, Wevert e suas amigas estavam parados no local e um indivíduo não identificado esbarrou em sua amiga. Ressalto que esse fato não foi visto, nem confirmado por nenhum segurança da casa. O que conseguimos apurar foi que Wevert foi até o indivíduo e tirou satisfação acerca do ocorrido. Nesse momento, instalou-se a confusão, uma vez que os ânimos estavam exaltados, muito provavelmente por conta do uso de bebidas alcoólicas por ambas as partes.

Nesse momento, um agrediu Wevert, que fora impedido de reagir uma vez que uma mulher, supostamente amiga de Wevert entrou em sua frente, os amigos do individuo foram também para cima de Wevert, tentando agredi-lo.

O segurança que tinha o visual do ocorrido, prontamente interviu para cessar a confusão já instalada. Como havia 4  agressores em cima de Wevert, o segurança, que havia de tomar uma decisão imediata, entendeu ser mais prudente retirar Wevert do meio do tumulto para evitar que os outros amigos do indivíduo entrassem em confronto com ele, que parecia estar apenas com duas amigas.

No caminho para a porta do estabelecimento, por várias vezes, o segurança falou a Wervert para se acalmar, pois apesar de não parecer estava retirando-o para a sua segurança. Entretanto ele ficou indignado com a situação, uma vez que o mesmo entendia que ele era vítima de todo o ocorrido, apesar das várias tentativas de explicação do segurança, que havia feito aquilo para preservar a sua integridade, o mesmo continuou muito nervoso e revoltado.

Na versão dos agressores, foi nos informado que Wevert passou alcoolizado no meio da turma e “mexeu” com eles. Apaziguamos a situação com os quatro indivíduos e pedimos que ficassem um tempo na casa até que resolvêssemos a situação com o Wevert, o que foi atendido.

Após esse episódio, Wevert tentou entrar novamente no Like Bar e fora prontamente advertido que não entraria, uma vez que os agressores estavam lá dentro e a confusão poderia ser instalada novamente. Ele também foi aconselhado a ir embora, uma vez que não conseguiríamos manter por muito tempo os agressores dentro do estabelecimento. Entretanto, ele não aceitou os conselhos e continuou indignado por estar do lado de fora e os supostos agressores dentro do estabelecimento.

Como havíamos previsto e avisado, os supostos agressores saíram, já no momento do encerramento da casa, e encontraram ele na rua. Como imaginado, houve outra agressão por parte dos indivíduos. Nesse momento Wevert correu em direção ao Like Bar, momento em que os seguranças que se encontravam na portaria o ajudaram a não ser agredido. 

Wevert ligou para o 190, e, em alguns minutos, os policiais apareceram e apuraram o ocorrido. Não temos conhecimento se houve a realização de B.O. O que conseguimos relatar é que o policial verificou todo o caso, pegou os dados necessários, porém não conduziu ninguém para a delegacia.

Por fim, presto esclarecimentos pontualmente a algumas colocações de Wevert nas redes sociais. Conforme mencionado acima, os seguranças o retiraram  da casa para a sua própria segurança, uma vez que havia quatro supostos agressores e os mesmos tinham um porte físico avantajado.

Não podemos afirmar que os supostos agressores eram policiais, uma vez que os mesmos não estavam armados e não fizeram nenhum tipo de registro como policial. Não houve qualquer tipo de agressão por parte dos seguranças, nem mesmo qualquer tentativa de quebrar um bem do cliente. Muito pelo contrário. Tudo que foi feito fora para preservar a integridade física de Wevert.

Resta claro que não houve descaso por parte da casa ao cliente, uma vez que tentamos preservá-lo dos agressores por diversas vezes. Ademais a empresa não faz qualquer discriminação seja racial, sexual, religiosa etc. De forma explícita, condenamos qualquer tipo de violência, seja ela física ou verbal, feita por quem for.

Estamos à disposição para qualquer esclarecimento.

 

ATUALIZAÇÃO – Nesta terça-feira (16), o Like Bar deu outra versão aos fatos. A nova narrativa contraria a versão da vítima constatada também no Boletim de Ocorrência da Polícia Militar.

Segundo o bar, não há a confirmação das agressões no interior da casa, conforme citado anteriormente, e, sim, fora do estabelecimento. Segundo o Like Bar, Wevert foi posto para fora para sua segurança e orientado a se retirar do local antes que o grupo de agressores saísse da casa.

Entretanto, a vítima se recusou a sair para aguardar a presença da Polícia Militar. Sendo assim, o grupo saiu e o agrediu fora do bar. Sendo necessária a ação dos seguranças para apartar a briga.

Anteriormente, na primeira versão em nota enviada ao Bhaz na tarde dessa segunda-feira (15), o bar confirmava as agressões dentro da casa. Confira o trecho:

“Ao que parece, Wevert e suas amigas, estavam parados no local, e, um indivíduo não identificado, esbarrou em sua amiga. Ressalto que esse fato não foi visto, nem confirmado por nenhum segurança da casa. O que conseguimos apurar foi que Wevert foi até o indivíduo e tirou satisfação a cerca do ocorrido.

Nesse momento, um agrediu Wevert que fora impedido de reagir uma vez que uma mulher, supostamente amiga de Wevert entrou em sua frente, os amigos do individuo foram também para cima de Wevert, tentando agredi-lo”.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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