O goleiro Bruno Fernandes foi anunciado como uma nova contratação do Boa Esporte, de Varginha, na semana passada. De lá para cá, cinco patrocinadores confirmaram o fim do contrato com o clube do sul de Minas. Bruno deixou a prisão no mês passado, após conseguir um habeas corpus. O goleiro foi condenado a 22 anos pelo homicídio da ex-companheira Eliza Samúdio.
As empresas Nutrends Nutrition, fabricante de suplemento nutricional, e CardioCenter, clínica cardiológica, já haviam anunciado o rompimento na semana passada. Nesta segunda-feira (13), foi a vez da Magsul, clínica de ressonância magnética; do grupo Gois & Silva, que atua no mercado financeiro; e da Kanxa, fornecedora de material esportivo. O Boa Esporte conta ainda com uma parceria com a prefeitura de Varginha (MG), município onde fica a sede do clube.
O anúncio oficial da contratação do goleiro ainda depende dos exames médicos e de detalhes burocráticos. As bases do contrato já foram acertadas, e a diretoria da equipe mineira espera apresentar o jogador até amanhã (14).
Revolta
O caso gerou muito repercussão e o presidente do Boa Esporte, Rone Moraes da Costa, por meio de nota, afirmou que o clube não irá desistir da contratação do atleta e que acredita na ressocialização. “A regra legal brasileira é a que todos, inclusive os criminosos mais perigosos, sejam submetidos a um julgamento honesto, imparcial e que a lei seja o fundamento da punição”.
Muitos torcedores são contra a vinda do goleiro para o clube, e começaram até mesmo um abaixo assinado, que conta até o momento desta publicação, com mais de 2,3 mil assinaturas. Além disso, a página do Boa Esporte no Facebook foi tomada por mensagens de repúdio ao goleiro.
Com Agência Brasil